Mercado vê Selic a 12,25% em 2026, mostra Focus

Levantamento apontou que a projeção para a Selic no final do próximo ano subiu a 12,25%, de 12,13%

22 dez 2025 - 09h03
(atualizado às 10h41)
Resumo
O mercado elevou a projeção para a taxa Selic em 2026 para 12,25%, enquanto reduz expectativas de inflação para 2025 e 2026, mantendo a estimativa de crescimento do PIB.
Vista do prédio do Banco Central em Brasília
Vista do prédio do Banco Central em Brasília
Foto: Imagem de arquivo/REUTERS/Ueslei Marcelino

Analistas consultados pelo Banco Central ajustaram para cima sua expectativa para a taxa básica de juros em 2026, em meio a nova rodada de ‌cortes nas projeções para a inflação, mostrou a pesquisa Focus divulgada nesta segunda-feira, 22.

O ‌levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, apontou que a projeção para a Selic no final do próximo ano subiu a 12,25%, de 12,13% antes na mediana das projeções. A pesquisa segue mostrando expectativa ‍de manutenção dos juros na primeira reunião do ano, em 15%.

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De acordo com o presidente do BC, Gabriel Galípolo, a autarquia segue dependente de dados, afirmando que "não há portas fechadas" nem "setas dadas" para ‌as decisões de política monetária.

Pela sexta semana seguida os ‌especialistas reduziram as contas para a alta do IPCA em 2025, dessa vez em 0,03 ponto percentual, a 4,33%. Para o ano que vem a inflação agora é calculada em 4,06%, de 4,10% antes, enquanto que para 2027 e 2028 as estimativas permaneceram em 3,80% e 3,50% respectivamente.

O centro da meta oficial contínua para a inflação é de 3,00%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. O IBGE divulga na terça os dados de dezembro do IPCA-15.

Para o Produto Interno Bruto (PIB), a pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou previsão de crescimento de 2,26% em 2025, alta de 0,01 ponto percentual, e 1,80% em 2026, sem alterações.

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Na semana passada, o BC projetou uma atividade econômica mais forte do que o previsto anteriormente para este ‌ano, a 2,3%, e o próximo ano, apontando ainda que a inflação deverá atingir o centro da meta de 3% apenas no primeiro trimestre de 2028, permanecendo acima do alvo durante o período decisivo de 2027.

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