O governo do Japão avalia que a economia do país está se recuperando em um ritmo moderado, mas alerta sobre incertezas decorrentes das políticas comerciais dos Estados Unidos, segundo o relatório mensal do Gabinete do Governo divulgado nesta sexta-feira, 18. O documento ainda informa que o governo japonês vai tomar "todas as medidas possíveis" para responder às medidas tarifárias americanas, assim como continuar a "garantir o fornecimento de todo o suporte essencial para a gestão econômica e fiscal"
Entre os fatores que indicam a recuperação moderada da economia, o relatório descreve a contínua melhora da situação do emprego e da renda, embora o sentimento do consumidor esteja em um tom fraco. Também são citados o investimento empresarial e as exportações em movimento de recuperação, a melhora dos lucros corporativos e a estabilidade da produção industrial, além das avaliações das empresas sobre as condições atuais de negócios.
"Em relação às perspectivas de curto prazo, espera-se que a melhora da situação do emprego e da renda e os efeitos das políticas promovam uma recuperação moderada, enquanto os riscos de desaceleração da economia japonesa devido ao impacto das políticas comerciais dos Estados Unidos estão aumentando", afirma o documento.
O governo japonês também avalia que os efeitos da contínua alta dos preços sobre o consumo privado, por meio de uma retração no sentimento do consumidor, também representam riscos negativos para a economia do país. Ainda, o relatório informa que, para garantir a superação da deflação, o governo fará esforços para implementar uma "Economia Orientada para o Crescimento, Impulsionada por Aumentos Salariais e Investimentos", com base no princípio de que "A economia é a base das finanças públicas".
"O governo espera que o Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) atinja a meta de estabilidade de preços de 2% de forma sustentável e estável, ao mesmo tempo em que confirma o ciclo virtuoso entre salários e preços, conduzindo uma gestão adequada da política monetária à luz da atividade econômica, dos preços e das condições financeiras", afirma o documento. Além disso, o governo aponta ser preciso dar maior atenção aos efeitos das flutuações nos mercados financeiro e de capitais.