Oferecimento

Home office: mercado valoriza resultado e não hora trabalhada

Para especialista em tomada de decisão, mundo corporativo está mudando paradigmas para se adequar ao novo trabalho

10 dez 2022 - 04h00
Foto: Adobe Stock

Há alguns anos, despender horas a mais no ambiente de trabalho era visto como empenho e aperfeiçoamento. Contudo, a nova rotina de home office tem modificado essas percepções, levando as empresas a darem mais atenção ao resultado dos colaboradores do que ao tempo que levam para realizar suas atividades. 

Segundo o escritor Uranio Bonoldi, especialista em tomada de decisão e negócios, essa é uma tendência do mercado capaz de oferecer aos trabalhadores mais equilíbrio entre vida profissional e pessoal.

Publicidade

“O empenho de um colaborador não pode mais ser medido pelo tempo em que ele permanece no escritório. Na verdade, esse critério sempre foi falho, pois trabalhar muitas horas não é sinônimo de dedicação e proatividade”, aponta o especialista. 

Expediente usado para refazer trabalhos

Uma pesquisa da Asana, software de gerenciamento de projetos, corrobora essa perspectiva. A partir de uma análise de 10 mil funcionários, o estudo revelou que 58% do expediente era utilizado para refazer trabalhos. 

Já segundo outra pesquisa, da revista Harvard Business Review, os colaboradores tendem a passar 41% do tempo em atividades que os fazem sentir-se ocupados e úteis, sem de fato serem produtivos.

 Para Uranio Bonoldi, isso é sinal de que o tempo de trabalho pode, muitas vezes, ser mal aproveitado. “Certamente há atividades que são mais trabalhosas e demoradas do que outras, mas o que mede de fato a boa performance de um colaborador é a sua entrega aliada a outras qualidades no convívio e no desenvolvimento das atividades, que agregam valor ao seu desempenho", diz.

Publicidade

O que importa mesmo são os resultados

Em tempos de home office, onde há menos controle sobre o início e o fim do expediente, o mercado volta sua atenção para os resultados dos colaboradores. 

“Há estudos que indicam que o pico de produtividade do trabalhador dura cerca de três horas. Ou seja, o resto do tempo pode estar sendo mal gerido. Essa gestão do tempo precisa ser feita para que haja um bom rendimento sem levar os colaboradores a crises de burnout”, opina Bonoldi.

 Autor do livro “Decisões de alto impacto: como decidir com mais consciência e segurança na carreira e nos negócios”, o escritor afirma que há uma tensão no mercado de trabalho, no qual os trabalhadores vêm demonstrando insatisfação com as configurações atuais. 

“Vimos recentemente discussões importantes sobre as ondas de demissões e o quiet quitting, o que parece ser sinal de que os colaboradores estão buscando melhores condições de trabalho. Assim, as empresas precisam estar atentas a essas demandas para manterem profissionais comprometidos e que entregam bons resultados sem se desgastarem com o excesso de trabalho”, conclui.

Publicidade

(*) HOMEWORK inspira transformação no mundo do trabalho, nos negócios, na sociedade. É criação da COMPASSO, agência de conteúdo e conexão. Conheça nossas soluções e entre em contato.

Homework
Fique por dentro das principais notícias
Ativar notificações