Aparelhos eletrônicos não devem ficar no quarto de dormir. Nunca. Mas desde que começou a pandemia, muita gente passou até a trabalhar onde dorme.
Essas pessoas estão falando com clientes, fazendo reuniões, fechando negócios, enviando e-mails, estudando e escrevendo. Sem sair da cama. Mas essa tendência não começou agora.
Winston Churchill ditava cartas enquanto tomava café da manhã na cama. Marcel Proust elaborou prosa e verso no mesmo lugar onde dormia. Frida Kahlo pintou algumas de suas obras confortavelmente deitada em seu leito.
Trabalhar no quarto pode melhorar seu processo criativo, mas também ajuda a administrar a vida doméstica, afinal, muitos pais se refugiam no quarto para conseguir “dar um tempo” dos filhos pequenos que não estão indo à escola.
Mas nem tudo são flores. O uso de dispositivos na cama mistura as fronteiras entre escritório e o lar. Se você administra bem esses limites, pode sim ser muito produtivo e até mais criativo trabalhando na cama.
O importante é fazer o que gosta. Na cama ou fora dela. Faça o que você ama e você não trabalhará um dia sequer.
Essa frase acima, geralmente atribuída a Confúcio (mas que não parece ter sido dita ou escrita por ele) é citada com frequência para falar sobre felicidade no trabalho.
Mas pode ser enganosa. Primeiro porque todo trabalho envolve diversos aspectos e tarefas e é quase impossível gostar de todas. E não há problema nisso. O trabalho pode ser apenas uma maneira de se sustentar e não o que vai definir quem você.
Mas isso quer dizer que não dá pra ser feliz no trabalho? A resposta parece ser: depende.
É possível, mas isso depende um tanto das escolhas que te levaram à sua profissão ou cargo e muito de quanto você trabalha.
Um estudo recente da Goldman Sachs diz que, a partir de um certo limite, o trabalho deixa de ser gratificante. E isso foi notado por causa da pandemia.
Segundo o estudo, trabalhar um dia por semana, deitado ou não em sua cama, já é suficiente para seu bem estar. Mais do que isso não traz nenhum benefício aparente e pode aumentar os níveis de insatisfação.
E você, trabalha da cama e está feliz com isso?
(Colaboração: Alexandre Vega)
