Dólar oscila perto da estabilidade à espera de leilões do BC e entrevista de Bolsonaro

23 dez 2025 - 09h15
(atualizado às 10h05)

O dólar oscila perto da estabilidade no Brasil nesta manhã de terça-feira, com os investidores digerindo os dados do IPCA-15 de dezembro e à espera de dois leilões do Banco ‌Central, além de entrevista do ex-presidente Jair Bolsonaro, a primeira desde que ele foi preso por ‌tentativa de golpe de Estado.

No exterior, a moeda norte-americana registra perdas ante a maior parte das demais divisas.

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Às 10h, o dólar à vista subia 0,07%, a R$5,5885 na venda.

Na B3, o contrato de dólar futuro para janeiro -- atualmente o mais líquido no Brasil -- ‍cedia 0,06%, a R$5,5945.

Na segunda-feira o dólar à vista encerrou a sessão com alta firme, de 0,97%, a R$5,5844, com profissionais citando as tradicionais remessas de fundos e empresas ao exterior no fim de ano para justificar o movimento.

Para ‌irrigar a liquidez, evitando pressões adicionais nas cotações, às 10h30 ‌o Banco Central realizará simultaneamente dois leilões de linha (venda de dólares com compromisso de recompra) no valor total de US$2 bilhões. A liquidação da venda ocorrerá em 26 de dezembro, enquanto as recompras serão feitas em 5 de maio de 2026 (leilão A) e 2 de junho de 2026 (leilão B).

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Antes disso, os agentes se debruçam sobre os dados de dezembro do IPCA-15, considerado uma prévia da inflação oficial. O índice subiu 0,25% este mês, levemente menos que a taxa de 0,27% projetada por economistas em pesquisa da Reuters. Em novembro, o indicador havia avançado 0,20%.

A taxa em 12 meses terminou o ano com avanço acumulado de 4,41%, de 4,50% em novembro, abaixo do teto da meta contínua de 3,0% medida pelo IPCA, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Os investidores também aguardam a entrevista de Bolsonaro para o portal Metrópoles, marcada para as 13h. Nas últimas semanas, a ‌candidatura do senador Flávio Bolsonaro (PL) à Presidência vem pressionando o real, em meio à leitura de que ele seria menos competitivo que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), em uma eventual disputa com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

(Edição de Camila Moreira)

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