A taxa de desemprego no Brasil permaneceu em 5,6% até agosto de 2025, o menor índice desde 2012, enquanto o rendimento médio habitual foi de R$ 3.488, estável frente ao trimestre anterior e com alta de 3,3% em relação a 2024.
A taxa de desemprego no Brasil permaneceu em 5,6% no trimestre encerrado em agosto, repetindo o índice registrado ao final de julho, segundo foi divulgado nesta terça-feira, 30. Com isso, a desocupação se mantém no menor patamar desde o início da apuração da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, pelo IBGE, em 2012.
Receba as principais notícias direto no WhatsApp! Inscreva-se no canal do Terra
Nas últimas divulgações, a taxa vinha caindo consecutivamente: foram quatro quedas do índice, renovando a mínima histórica, até agora.
Entre os trimestres comparáveis, com relação ao anterior, encerrado em maio, o desemprego era de 6,2% e 6,6% no mesmo período do ano passado. São 6,1 milhões de pessoas desocupadas no país no trimestre até agosto, o menor contingente da série, que caiu 9,0% (menos 605 mil pessoas) frente ao trimestre até maio. Em relação ao mesmo período de 2024, a queda foi de 14,6% (menos 1 milhão de pessoas).
Apesar do crescimento na taxa de ocupação entre o trimestre encerrado em agosto e o finalizado em maio, o rendimento médio real habitual manteve-se estável, em R$ 3.488. Frente ao mesmo trimestre de 2024, houve uma alta de 3,3%.
A massa de rendimento médio real habitual chegou a R$ 352,6 bilhões de reais, com alta de 1,4% frente ao trimestre até maio e de 5,4% frente ao mesmo trimestre de 2024.
- Por posição na ocupação, o rendimento ficou estável em todas as categorias na comparação com o trimestre encerrado em maio, com exceção da categoria de militar e funcionário público estatutário, que apresentou alta de 3,0%.
- Já frente ao mesmo trimestre de 2024, houve alta em empregado com carteira de trabalho assinada (2,0%, ou mais R$ 64), empregado sem carteira de trabalho assinada (5,0%, ou mais R$ 118), trabalhador doméstico (5,3%, ou mais R$ 68) e empregado no setor público (inclusive servidor estatutário e militar) (4,1%, ou mais R$ 206) e conta-própria (4,6%, ou mais R$ 127).
Com relação ao tipo de ocupação, os serviços domésticos foram a única categoria com recuo de trabalhadores nas comparações entre trimestres e entre o mesmo período do ano passado.
“Muitas vezes, em momentos mais difíceis da economia, as pessoas migram para os serviços domésticos. O que podemos estar presenciando é o movimento contrário, onde os trabalhadores identificam melhores oportunidades de trabalho, com melhores condições e rendimentos, e deixam os serviços domésticos”, avalia William Kratochwill, analista de pesquisa do IBGE.