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PE, BA e DF têm maiores taxas de desocupação no 2º tri; índice caiu em 18 Estados

Menores taxas estão em SC, RO e MT, segundo dados do IBGE

15 ago 2025 - 09h30
(atualizado às 11h40)
Resumo
O desemprego caiu em 18 das 27 unidades da federação no segundo trimestre de 2025, com os menores índices registrados em Santa Catarina e os maiores em Pernambuco, Bahia e Distrito Federal; a informalidade também diminuiu, atingindo 37,8%.
Pernambuco, Bahia e Distrito Federal registraram as maiores taxas de desemprego do País no segundo trimestre deste ano
Pernambuco, Bahia e Distrito Federal registraram as maiores taxas de desemprego do País no segundo trimestre deste ano
Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

O desemprego caiu em 18 das 27 unidades da federação brasileiras no segundo trimestre deste ano em comparação com o trimestre anterior, segundo a reponderação da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) Trimestral divulgada nesta sexta-feira, 15, pelo IBGE. As unidades da federação com maiores taxas de descoupação são Pernambuco, com 10,4%; Bahia, com 9,1%; e Distrito Federal, com 8,7%.

O índice de desemprego no Brasil durante o segundo trimestre já havia sido divulgado anteriormente, e está em 5,8%, menor nível da série histórica. A divulgação desta sexta refere-se a uma reponderação, em que são consideradas projeções mais atualizadas da população.

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Na outra ponta, com as menores taxas de desocupação estão Santa Catarina, com 2,2% da população desempregada; Rondônia, com 2,3%; e Mato Grosso, com 2,8%. Santa Catarina também tem o maior contigente de trabalhadores com carteira assinada, 87,4%. O percentual é maior do que a média brasileira, em que 74,2% dos empregados do setor privado tinham carteira assinada. 

A pesquisa também mostrou que as pessoas estão passando menos tempo procurando emprego.Neste trimestre, 1,3 milhão de pessoas procuraram trabalho durante dois anos ou mais. Esse indicador recuou 23,6% frente ao segundo trimestre de 2024.

Segundo William Kratochwill, analista da pesquisa, os dados da pesquisa mostram um mercado de trabalho “ainda aquecido e resiliente, com redução da taxa de desocupação no país".

"O reflexo desse desempenho é a redução dos contingentes em busca de uma ocupação, ou seja, há mais oportunidades que estão absorvendo os trabalhadores, mesmo aqueles que apresentavam mais dificuldade em conseguir um trabalho”, afirma.

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Apesar da queda do desemprego, apenas no Sudeste houve crescimento estatístico significativo do rendimento. Nas demais regiões, o indicador permaneceu estável. O rendimento médio real no Sudeste é de R$ 3.914, alta de 1,8% frente o trimestre anterior, e valor maior que a média nacional, de R$ 3.477.

Taxa de desocupação varia a depender de gênero e raça

Entre as mulheres, a taxa de desocupação é de 6,9%, enquanto o percentual cai para 4,8% entre os homens. Por cor ou raça, essa taxa ficou abaixo da média nacional para os brancos (4,8%) e acima para os pretos (7,0%) e pardos (6,4%).

A taxa de desocupação para as pessoas com ensino médio incompleto (9,4%) foi maior que as dos demais níveis de instrução analisados. Para as pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi de 5,9%, quase o dobro da verificada para o nível superior completo (3,2%).

Taxa de informalidade

A taxa de informalidade para o Brasil foi de 37,8% da população ocupada, a segunda menor já registrada. As maiores taxas ficaram com Maranhão (56,2%), Pará (55,9%) e Bahia (52,3%) e as menores, com Santa Catarina (24,7%), Distrito Federal (28,4%) e São Paulo (29,2%).

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Para o analista do IBGE, estes dados são outra consequência de um mercado de trabalho aquecido. “A redução da taxa de informalidade é reflexo desse bom desempenho. O mercado de trabalho forte proporciona mais ocupação aos trabalhadores, formal e informalmente. Os números mostram um aumento de 1,8 milhão de ocupados, sendo 17,6% deles informais (318 mil), o que permite a redução da taxa”, explicou Kratochwill.

A taxa de informalidade da população ocupada é calculada considerando-se os empregados no setor privado e os empregados domésticos sem carteira de trabalho assinada, além dos empregadores e trabalhadores por conta própria sem registro no CNPJ e dos trabalhadores familiares auxiliares.

Fonte: Redação Terra
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