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Crescimento da China em 2018 desacelera para mínima de 28 anos, mais estímulo é esperado

21 jan 2019 - 07h35
(atualizado às 09h08)

A economia da China desacelerou no quarto trimestre sob o peso do enfraquecimento da demanda doméstica e das tarifas dos Estados Unidos, levando o crescimento em 2018 para o menor patamar em quase três décadas e pressionando Pequim a adotar mais medidas de estímulo para evitar uma desaceleração mais acentuada.

Navio de contêineres em porto de Yantai, na China 21/01/2019 REUTERS/Stringer
Navio de contêineres em porto de Yantai, na China 21/01/2019 REUTERS/Stringer
Foto: Reuters

Sinais crescentes de fraqueza na China estão alimentando o nervosismo sobre riscos à economia mundial e pesando sobre os lucros de empresas que vão da Apple a grandes montadoras.

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O Produto Interno Bruto (PIB) do quarto trimestre cresceu no ritmo mais fraco desde a crise financeira global, caindo a 6,4 por cento na comparação com o ano anterior como esperado, de 6,5 por cento no terceiro trimestre, informou nesta segunda-feira a Agência Nacional de Estatísticas.

Isso levou o crescimento no ano de 2018 a 6,6 por cento, taxa mais baixa desde 1990. O PIB em 2017 cresceu 6,8 por cento.

Autoridades prometeram mais suporte este ano para reduzir o risco de fortes perdas de emprego, mas descartaram uma "inundação" de estímulo como já aconteceu no passado, que rapidamente aumentou a taxa de crescimento mas deixou enormes dívidas.

"O governo tem meios para sustentar a economia. Eles podem expandir os gastos com infraestrutura e podem cortar a taxa de compulsório dos bancos. Então não precisamos nos preocupar com os gastos de capital", disse Naoto Saito, pesquisador chefe do Instituto de Pesquisa Daiwa.

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"Mas o problema está no consumo. Enquanto os EUA e a China se enfrentam em muitas frentes, o sentimento do consumidor parece ter sido afetado. Até agora, o crescimento sólido dos salários tem sustentado o consumo, mas agora parece haver um senso de vaga ansiedade sobre o futuro."

Com a expectativa de que leve algum tempo para que as medidas de suporte façam efeito, a maioria dos analistas acredita que as condições devem piorar antes de melhorar, e veem mais desaceleração para 6,3 por cento neste ano.

Apesar de uma série de medidas até agora, os dados de dezembro divulgados junto com o PIB mostram contínua fraqueza generalizada na economia no final do ano passado.

A produção industrial acelerou inesperadamente para 5,7 por cento de 5,4 por cento, mas foi um dos poucos pontos bons, junto com um setor de serviços mais forte.

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Outros dados mostraram que o investimento e as vendas no varejo continuaram a definhar, enquanto a taxa de desemprego subiu.

O investimento em ativo fixo aumentou 5,9 por cento em 2018, o mais baixo em ao menos 22 anos, conforma a repressão regulatória sobre financiamento de risco e dívida pesaram sobre os gastos de governos locais no início do ano.

Os consumidores chineses estão claramente sentido a pressão. Embora o crescimento das vendas no varejo tenha acelerado marginalmente em dezembro a 8,2 por cento, a medida de força do consumidor está em torno do patamar mais fraco em 15 anos. As vendas de automóveis no maior mercado de carros do mundo encolheu pela primeira vez desde a década de 1990.

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