Infoxicação: Evite o excesso de informações na comunicação interna

Ao implementar estratégias específicas, as empresas podem evitar o excesso de informações na comunicação

11 mai 2024 - 06h15
Resumo
85% das companhias possuem áreas de comunicação interna, mas para 55% é um desafio gerenciar o fluxo de informações, o que acarreta em prejuízos para o empregador e o funcionário, como dimunuição do foco, estresse e diminuição da criatividade.
Foto: Reprodução

De acordo com pesquisa recente da Associação Brasileira de Comunicação Empresarial, apesar de 85% das companhias terem áreas específicas de comunicação interna como centralizadoras das organizações e divulgação das pautas, para 55% é um desafio gerenciar diariamente o excesso de informações compartilhadas.

Especialmente no contexto digital, hoje somos constantemente bombardeados com notícias, e-mails, mensagens e atualizações em redes sociais. Esse excesso de informações pode levar a uma dificuldade em processar, assimilar e agir, resultando em uma série de desafios tanto a nível pessoal quanto corporativo.

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Por isso, revisar e adaptar as estratégias de comunicação interna nas empresas, de modo que as mensagens sejam transmitidas de forma clara e relevante, sem sobrecarregar os funcionários, é crucial para evitar que a infoxicação, sensação de sobrecarga mental e emocional ao ser exposto a um excesso de informações, afete a vida do time.

Sabemos que com os novos formatos de trabalho remoto e híbrido adotados pelas empresas, principalmente com a chegada da pandemia em 2020, a conexão virtual dos colaboradores se tornou ainda mais intensa. A constante interação digital, combinada com a infoxicação proveniente do fluxo constante de informações online, ampliou o esgotamento físico e mental das pessoas.

Sobrecarga é prejudicial

No ambiente corporativo, uma comunicação interna que gera essa sobrecarga pode ser prejudicial de várias maneiras como: diminuição do foco, estresse e ansiedade, esgotamento mental, burnout e depressão, além de influenciar na diminuição da criatividade e no aumento de conflitos.

Nesse cenário, uma comunicação interna mais leve e eficaz se torna não apenas essencial, mas também uma estratégia de cuidado com a saúde mental dos colaboradores nas empresas. Em vez de sobrecarregar todos os colaboradores com informações genéricas, a empresa pode identificar setores ou equipes específicas que necessitam de determinada informação para otimizar suas atividades, evitando o excesso de informações irrelevantes para a maioria dos funcionários.

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Além disso, escolher os canais de comunicação apropriados é crucial para evitar a sobrecarga informativa. Em um mundo onde a quantidade de informações é esmagadora, a escolha cuidadosa dos canais de comunicação é essencial para garantir que as mensagens sejam recebidas, compreendidas e não se percam no mar de dados.

Também é possível estabelecer políticas de comunicação claras e transparentes, ou seja, incluir diretrizes sobre o uso de e-mails, redes sociais corporativas e outros meios de comunicação interna, estabelecendo horários específicos para o envio de mensagens, promovendo a moderação nas comunicações.

Outra excelente estratégia, é implementar um programa com foco na qualidade de vida no trabalho, demonstrando o compromisso com a saúde e o bem-estar do colaborador. Isso pode incluir atividades de bem-estar, workshops de gerenciamento de estresse, incentivo à prática regular de exercícios físicos e até mesmo sessões de meditação e mindfulness no trabalho.

Ao implementar essas estratégias, as empresas podem evitar o excesso de informações na comunicação, garantindo que as mensagens sejam direcionadas, pertinentes, recebidas de forma eficaz e, acima de tudo, promovam um ambiente de trabalho mais saudável e produtivo para todos os colaboradores.

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(*) Igor Gavazzi Vazzoler é o fundador e CEO da Progic, empresa do mercado de TVs corporativas.

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