Comissão do Senado aprova PEC do fim da jornada 6x1, com regra de transição; texto vai ao plenário

Medida é vista como uma forma de pressionar a Câmara dos Deputados, que também debate projeto sobre o tema

10 dez 2025 - 13h05
(atualizado às 13h46)
Resumo
Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprova PEC para acabar com a jornada 6x1, implementando regra de transição para redução da carga horária semanal para 36 horas, e texto segue para plenário.
O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Otto Alencar
O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Otto Alencar
Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado / Estadão

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou nesta quarta-feira, 10, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 148/2015, para acabar com a jornada de trabalho 6X1, ou seja, com seis dias de trabalho e um de descanso. A medida é vista como uma forma de pressionar a Câmara, que também debate projeto sobre o tema. A votação foi simbólica, e o projeto segue para análise do plenário do Senado.

De autoria do senador Paulo Paim (PT-RS), o texto limita o trabalho diário a 8 horas, com carga máxima semanal de 36 horas, distribuídas em até cinco dias por semana, sem possibilidade de redução de salário.

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A PEC estabelece uma transição: no ano seguinte à promulgação da PEC, a carga horária máxima semanal será de 40 horas. A cada ano posterior, haverá a redução de uma hora até chegar a 36 horas. Durante a regra de transição, ficará facultada a "compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho".

Após a votação, o senador Eduardo Girão (Novo-CE) criticou a votação e disse que tentará alterar o texto em plenário. Segundo ele, o projeto não deveria ser votado às vésperas do recesso como item extrapauta. "Me sinto violentado por essa atitude. Sei que teve audiência pública, mas precisava ter o direito de pedir vista", declarou.

O presidente da comissão, Otto Alencar (PSD-BA), rebateu e disse que a PEC está sendo discutida há mais de quatro meses. "Isso é justiça trabalhista para o Brasil. A própria Câmara tem um projeto sobre isso. Chegando, vai ser aprovado e promulgado", disse Otto.

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