O governo da Argentina e a Repsol assinaram nessa quinta-feira um acordo que estabelece uma compensação à companhia petrolífera espanhola de US$ 5 bilhões em bônus pela desapropriação em 2012 de 51% das ações da YPF, informaram fontes oficiais.
O "convênio de solução amigável e reconciliação de desapropriação" foi assinado em Buenos Aires pelo ministro da Economia argentino, Axel Kicillof, o secretário-geral e do Conselho de Administração da Repsol, Luis Suárez de Lezo Mantilla, e o diretor-geral de Negócios da companhia petrolífera espanhola, Nemesio Fernández Cuesta Luca De Tena.
Através deste convênio, "a Repsol se dispõe a aceitar por todo conceito a soma de US$ 5 bilhões pagáveis em bônus soberanos como compensação pela desapropriação", informou o Ministério da Economia argentino em comunicado.
O acordo está sujeito à ratificação por parte do Parlamento argentino e a aprovação da junta geral de acionistas da Repsol, que se reunirá no próximo dia 28 de março.
Simultaneamente, Repsol e YPF assinaram hoje outro convênio em Buenos Aires pelo qual estabeleceram "a desistência de ações judiciais, assim como uma série de renúncias e indenidades mútuas", segundo informou a companhia petrolífera espanhola em comunicado.
A YPF está sob controle do Estado argentino desde maio de 2012, quando o Parlamento aprovou a desapropriação de 51% das ações da companhia petrolífera da espanhola Repsol, que mantém uma participação de 12% na maior produtora de hidrocarbonetos do país sul-americano.
