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Alckmin diz que tarifa de Trump sobre o Brasil é injusta e prejudicial aos EUA: 'Não vejo nenhuma razão'

O vice-presidente criticou ação, mas garantiu que o País não mudará a postura diplomática

9 jul 2025 - 19h04
(atualizado às 19h25)
Resumo
Geraldo Alckmin criticou a nova tarifa imposta por Donald Trump a produtos brasileiros, classificando-a como injusta e prejudicial à economia americana, mas garantiu que o Brasil manterá sua postura diplomática.
O vice-presidente da República Geraldo Alckmin criticou declarações do presidente dos EUA
O vice-presidente da República Geraldo Alckmin criticou declarações do presidente dos EUA
Foto: Wilton Junior / Estadão / Estadão

No mesmo dia em que Donald Trump confirmou a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, o vice-presidente Geraldo Alckmin criticou duramente a decisão do republicano. Nesta quarta-feira, 9, o político declarou que considera a ação injusta e sem "nenhuma razão", mas que o Brasil não mudará a postura diplomática com os Estados Unidos.

A reação ocorreu após Trump anunciar que taxaria o Brasil, mas pouco antes da confirmação da nova tarifa em uma rede social. Em declaração, o vice de Lula e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços criticou a ação. 

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“Eu não vejo nenhuma razão para aumento de tarifa em relação ao Brasil. O Brasil não é um problema para os EUA, é importante sempre reiterar. Os EUA realmente têm um déficit de balança comercial, mas com o Brasil têm superavit. Dos 10 produtos que eles mais exportam para nós, 8 têm alíquota zero, não pagam imposto", defendeu. 

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Foto: Kayla Bartkowski/Getty Images

Alckmin ainda afirmou que a medida seria um 'tiro no pé' para os Estados Unidos. 

“É uma medida que, em relação ao Brasil, é injusta e prejudica a própria economia americana, porque há uma integração na área comercial. Vamos pegar o caso do aço: nós somos o terceiro comprador do carvão siderúrgico americano. Fazemos o produto semi elaborado e vendemos para os EUA, que finalizam. Então, ao taxar, eles encarecem a própria cadeia”, argumentou.

Mesmo crítico, o vice-presidente do Brasil garantiu que o país não mudará a postura diplomática com os Estados Unidos. "Nós não vamos mudar o tom. Tem que ser o mesmo. Temos 200 anos de amizade com os EUA.”

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Fonte: Redação Terra
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