As redes sociais se empolgaram com a entrada em ‘Vale Tudo’ de Thomás Aquino. O ator pernambucano, de 39 anos, interpreta Mário Sérgio, inicialmente desafeto e depois par romântico de Solange (Alice Wegmann).
A Globo o escalou após colocá-lo como protagonista de ‘Guerreiros do Sol’, novela original do Globoplay com lançamento agendado para o dia 11. Destacou-se também em ‘Os Outros’, que foi do streaming para a TV aberta.
Aquino representa o tipo de galã em alta: beleza rústica e aparência máscula. A barba é um ‘plus’. “Homem com cara de homem”, comentam na web. O sotaque recifense aumenta o charme.
O mesmo biotipo bem brasileiro de Ricardo Teodoro. Mineiro, 36 anos, ele interpreta Olavo, o fotógrafo cúmplice de César (Cauã Reymond). Em cena sem camisa, no calçadão carioca, exibiu o seu ‘dad body’ (corpo natural, sem barriga tanquinho) e recebeu elogios na internet.
A direção o trouxe para a novela após seu sucesso nas telonas. Em 2024, ganhou o prêmio de Ator Revelação por ‘Baby’ no Festival de Cannes, na França. No longa, ele vive um garoto de programa quarentão que ensina o ofício a um jovem de 18.
Outro artista 30+ em papel de destaque em ‘Vale Tudo’ é Licínio Januário. Nascido em Angola, na África, ele anula seu sotaque ao atuar como Luciano, amigo e colega de trabalho de Ivan (Renato Góes).
A ascensão ao horário nobre do canal líder em audiência veio em consequência de trabalhos bem-sucedidos no streaming, a exemplo de ‘How To Be a Carioca’ e ‘Impuros’, (Star+), ‘A Magia de Aruna (Disney+), ‘Boca a Boca' (Netflix), além do filme ‘Medida Provisória’.
A presença de Thomás Aquino, Ricardo Teodoro e Licínio Januário na principal novela da Globo – em papéis vividos por atores brancos na ‘Vale Tudo’ de 1988 – ressalta o esforço de inserir mais diversidade aos elencos e, assim, valorizar grupos relegados até pouco tempo.
Em um país que sempre hipervalorizou a aparência europeia, apesar da miscigenação de sua população, e louva a ‘juventude eterna’, há impacto positivo na sociedade a visibilidade na TV desses atores trintões com beleza latina-africana.
O homem raiz está, definitivamente, em alta. Os ‘nutellas’ que lutem.
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