Preocupada com a saúde da avó, Lígia, que sofre de hipertensão arterial pulmonar, Joélly (Alana Cabral) decide que não pode esperar mais e precisa agir. Determinada, a jovem recorre a Samira (Fernanda Vasconcellos), que já está acostumada a lidar com situações difíceis, mas que também não mede esforços para ajudar. Em Três Graças, Joélly vai implorar para que a chef de cozinha consiga comprar os medicamentos essenciais para salvar a vida da matriarca da família Maria das Graças.
A adolescente se dirige à comunidade da Chacrinha, onde Samira está acompanhando um de seus projetos sociais, e a encontra entre conversas com moradores e crianças que a cercam com curiosidade. O coração de Joélly acelera ao perceber a presença da chef, mas ela sabe que não pode hesitar. Aproximando-se, respira fundo e explica a situação da avó.
"Mas já tô salvando a vida do seu filho garantindo um futuro pra ele, Joélly. Você quer agora que eu salve a da tua avó também?", questiona Samira, com um misto de surpresa e ironia na voz.
Joélly, sentindo o peso de cada segundo, pega a caixa do remédio e mostra para a chef, com a voz trêmula, mas firme: "Presta atenção, Samira. A minha avó precisa tomar três caixas dessa todo mês pra não morrer. Ela depende disso". É visível a angústia da adolescente, e seus olhos brilham de preocupação.
Samira franze a testa, demonstrando incredulidade: "Esse remédio é caríssimo! Tenho cara de dona de laboratório?", retruca, deixando claro que o pedido é inesperado e pesado.
"É sério, Samira! Quero que você não deixe faltar esse remédio, como forma de pagamento pelo meu filho", insiste Joélly, tentando transmitir a urgência da situação, enquanto segura firme a caixa nas mãos.
A chef reage de forma irônica, tentando amenizar a tensão, mas também mostrando sua frustração: "Vou ter que patrocinar a família inteira? Cachorro, papagaio... Você pensa que eu não sei que esses remédios são dados pela Fundação Ferette?"
Sentindo que precisa ser ainda mais clara, Samira continua, quase conversando consigo mesma: "Já entendi! Você pensa que eu sou sua fada madrinha. Eu tenho cara de banco? De ficar dando dinheiro para remédio que vocês recebem de graça? Peraí, né?"
Enquanto a conversa se desenrola, Joélly percebe que convencer Samira não será fácil, mas também sente que não há outra alternativa. A adolescente observa a chef, tentando transmitir todo o desespero e a esperança que sente pela vida da avó, consciente de que cada palavra pode ser decisiva. A tensão no ar é quase palpável, e a determinação de Joélly contrasta com a ironia e o pragmatismo de Samira, criando um momento dramático e carregado de emoção.