Karol Conká celebrou seus 25 anos de carreira no The Town, destacando sua representatividade no rap, rebatendo críticas à liberdade artística feminina e emocionando-se ao dividir palco com seu filho pela primeira vez.
Em coletiva de imprensa após seu show no The Town neste sábado, 6, a rapper Karol Conká respondeu a perguntas sobre estilo, carreira e a polêmica em torno da liberdade de expressão artística de mulheres no rap. Com 25 anos de trajetória, a artista celebrou sua longevidade e representatividade no cenário musical, mas também abordou críticas que costuma receber.
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“A opinião que eu tenho é que as pessoas são muito acostumadas a verem mulheres caladas, né? Principalmente mulheres com pele negra, elas têm que ficar ainda mais caladas”, declarou Conká, rebatendo questionamentos sobre a dualidade na aceitação da liberdade de expressão.
A artista, que não poupou firmeza em sua resposta, completou: “Sou filha de uma mãe maravilhosa, neta de uma baiana cheia de dendê. Com uma criação dessa não tinha como eu ficar calada. Eu acho que eu nasci com o dom da fala. A língua de chicote está aqui para ser usada”.
Além do tema, Karol falou sobre a emoção de dividir o palco com seu filho, Jorge, conhecido como Conjota, de 19 anos, pela primeira vez em um festival. “Meu filho é um artista, de apenas 19 anos, nasceu daqui da minha barriguinha e eu sou a primeira fã dele”, disse, emocionada. Ela ainda destacou a importância de apoiar talentos jovens e incentivou outros filhos de "mamacitas" que queiram seguir na música.
Sobre seu processo criativo e estilo marcante, a artista afirmou que é "tudo ideia da sua cabeça”. Ela explicou que concebe cada detalhe de seus shows e looks, contando com profissionais que conseguem traduzir sua visão artística. Sobre a moda, afirmou que está em uma “era de renascência”, refletindo amadurecimento e comemoração.
Karol também comentou sua gestão financeira direta da carreira, desmistificando a imagem de apenas criativa. “Não parece, mas eu passo o dia inteiro com a minha equipe em escritório. Quem libera tudo sou eu mesma”. E encerrou reforçando a importância de suas novas parcerias, como a música "Alquimia", com Ajuliacosta e Ebony, que fala sobre "referência, reconhecimento e respeito" às mulheres que pavimentaram a cena do rap nacional.