Mariana Goldfarb revela vivências de abuso psicológico em relação passada: 'Nunca foi amor'

Modelo participa de ação do Ministério Público e relata impactos da violência emocional em sua vida

4 dez 2025 - 20h39

Mariana Goldfarb, de 35 anos, fez um relato contundente ao participar de uma campanha do Ministério Público do Rio de Janeiro sobre violência contra a mulher nesta quinta-feira (4). No vídeo, a modelo revisita um relacionamento antigo e abusivo, detalhando diferentes formas de agressão emocional que sofreu ao longo do período.

Mariana Goldfarb
Mariana Goldfarb
Foto: Reprodução/ Instagram / Contigo

"Percebi que estava num relacionamento abusivo desde muito cedo, mas eu não sabia nomear. A violência psicológica não deixa marca visível, mas olhando para trás, eu consigo sim ver ela se transformando no meu corpo em formas de queda de cabelo, olho tremendo, falta de apetite, doença como anorexia", declarou.

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Embora não mencione episódios de violência física, Mariana descreve manipulações constantes que afetaram profundamente seu bem-estar. "Era sempre pisar em ovos e era sempre uma coisa muito extenuante fazer de tudo para que o dia terminasse bem, e não vai terminar bem... Comecei a beber muito, a gente vai procurando subterfúgios para anestesiar a dor", confessou.

Um dos pontos que mais a marcaram foi o isolamento imposto ao longo da relação. "Nenhuma amizade presta. Todas são ruins, todas são invejosas, todas estão querendo ser você, é isso que você escuta. A tua família também não presta. A partir do momento que você tem entorno, fica mais difícil de te manipular. Se for cortando essas pessoas que são tão importantes, você fica muito mais vulnerável".

A modelo também ressaltou a complexidade de romper esse ciclo e os julgamentos que ouviu. "Eu escutei muito: 'mas por que você não sai? Mas por que você não larga?' Não é simples você sair, existe ali uma dependência. O problema dessa relação é que ela vai na tua identidade. A partir do momento que você não sabe mais quem você é, é como se a gente fosse zumbi", explicou.

Emocionada, ela relembrou o instante em que conseguiu romper o vínculo abusivo. "Consegui sair num momento que eu tinha só mais cinco por cento de oxigênio. Ou eu usava aquele cinco por cento naquele momento, ou ali eu ia morrer. Era o último respiro".

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Ao final, Mariana deixou uma mensagem de força para outras mulheres que enfrentam situações semelhantes. "Essa saída existe, ela é possível. Relação saudável existe. Se você está num lugar que te apequena, sai, porque não tem nada mais importante que a sua vida", aconselhou.

Ela ainda destacou sinais de abuso que não podem ser aceitos ou naturalizados. "Jogar alguma coisa em você, jogar uma garrafa d'água na tua direção, bater a porta, gritar, fazer tratamento de silêncio, te diminuir, ter ciúme excessivo, te controlar, te podar, te castrar, não é normal".

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