Klara Castanho celebrou um 2025 marcado por projetos diversos na TV, cinema e comédia, mudanças visuais para personagens e um prêmio no Festival do Rio, destacando sua dedicação e crescimento artístico.
A atriz Klara Castanho, de 25 anos, teve um ano profissional bastante agitado. Em 2025, ela fez quase de tudo: novela, TV e até cinema. Para ela, faltou apenas o teatro para gabaritar as frentes artísticas. A diversidade dos trabalhos garantiu que ela tivesse a oportunidade de se experimentar em distintos gêneros, do drama à comédia.
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“Eu comecei o ano terminando Garota do Momento, que foi uma novela muito especial pra mim”, comentou ela ao Terra. "Depois de sete anos fora da TV aberta, eu voltei com uma personagem tão bonita, tão complexa, com tantas camadas, tão bem acompanhada, e que já me acarretou trabalhos muito legais em seguida".
"Eu acabei a novela num sábado e, numa quarta-feira, já estava em uma reunião de roteiro para uma série que vai lançar ano que vem, que já era completamente diferente e que me permitiu também descobrir mais uma faceta, que foi Quando Ela Desaparecer, a adaptação de um livro do Vitor Bonini de mesmo nome, uma série policial, de suspense e terror", continuou.
'Chorar é fácil, mas fazer rir é complexo'
Na novela e na série, Klara Castanho trabalhou em cima de histórias dramáticas, gênero no qual ela se tornou ‘perita’ depois de tantos anos dedicada à dramaturgia. Atriz desde os 6, ela entendeu cedo como acessar os locais para exprimir a emoção em cena. Todavia, 20 dias após o término das gravações de Quando Ela Desaparecer (Globoplay), ela se viu em um contexto diferente e pouco explorado: a comédia.
Convidada a viver Pri do filme Deixa Acontecer (Globo Filmes) -- com previsão de estreia no ano que vem --, ela se viu fora da zona de conforto. “Fazer comédia é uma das coisas mais difíceis que existe, tem um limite para não parecer um pastelão sem sentido. Tem um timing diferente, um gestual, é tudo difícil. Eu falo desde sempre que eu sei chorar. Chorar é fácil, é tranquilíssimo. Agora, fazer rir é complexo. Admiro quem consegue entender o timing do humor".
Além de encarar a comédia, para interpretar Pri, Klara também passou por uma mudança de visual: pintou o cabelo de vermelho e deixou crescer.
Para ela, foi difícil se adaptar, mas encarou o desafio com otimismo. “Foi a primeira vez que um projeto me testou nesse lugar e que, de alguma forma, me envelheceu, algo que eu busco há alguns anos também, que é aproveitar essa ‘passabilidade’ de idade".
"Eu pareço mais jovem e, por isso, posso ir e voltar nas idades dos personagens. Deixar vermelho foi uma forma de me testar em outro lugar."
'Se tiver que raspar a cabeça, eu raspo'
Apesar de vaidosa, a atriz não vê problemas em mudar de visual pela arte. “Desde que eu comecei na TV, a minha feição mudou 50 centavos”, disse, com humor. “Então, o acessório mais prático que eu tenho para mostrar as mudanças do tempo, para que o público veja que é um novo personagem, é o meu cabelo. O cabelo da Eugênia, por exemplo, é curto, com franjinha, algo marcante de 1960, que é o tempo da novela.”
Segundo ela, o processo para se acostumar com o cabelão vermelho não foi rápido, mas faria igual ou até mais por futuras personagens. “É uma dinâmica se acostumar, ter uma toalha mais escura, porque solta tinta toda vez que você lava. Mas compensa pela reação do público, deles ligarem imediatamente o visual ao trabalho que você está fazendo".
"Para mim, a aparência é um transporte para o público chegar naquela história, e eu sou a pessoa mais disposta a mudar por trabalho. Se tiver que raspar a cabeça, vamos; se tiver que cortar Joãozinho, a gente corta. Meu cabelo cresce rápido e eu sou adepta a qualquer coisa".
'Ainda tenho muito pela frente'
No segundo semestre de 2025, Klara começou a trabalhar na divulgação de Salve Rosa, longa-metragem que aborda os perigos da influência digital na infância. Coincidentemente, no mesmo período, viralizou o vídeo Adultização, do youtuber Felca, que comenta casos de crianças exploradas por adultos nas redes.
“O Salve Rosa foi um alinhamento dos universos, dos planetas, de tudo, porque de fato linkou com um assunto que estava latente naquele momento. A gente lançou em outubro, mas em agosto começou um movimento muito forte de falar sobre adultização, de falar sobre a exposição de menores na internet. E, de fato, tudo se alinhou. Além disso, ser porta-voz desse assunto, poder escancarar certas realidades, é uma honra. Eu tenho a sorte de estar em projetos que escancaram realidades dolorosas e causam incômodo.”
Pelo trabalho, Klara ganhou um prêmio no Festival do Rio, na categoria de Melhor Atriz. A vitória simbolizou a abertura de novos horizontes dentro da arte, principalmente para ela que é artista desde tão pequena.
“Foi muito chocante pra mim porque eu fui uma criança que já trabalhava, então você perde meio que a referência do que pode ter. Muito nova, eu experimentei muito da profissão. Eu tenho 25 anos, mas já vivi a maioria das coisas cedo. Até os meus 16, eu já tinha feito 5 novelas. Então você vai perdendo a referência do que ainda pode conquistar, e esse prêmio no lugar de pensar: ‘Ainda tenho muito pela frente’.”
Apesar de ter trabalhado quase ininterruptamente em 2025, dois projetos de Klara Castanho só poderão ser vistos pelo público em 2026: Quando Ela Desaparecer (Globoplay) e Deixa Acontecer (Globo Filmes). Independentemente disso, ao fazer o balanço de seu ano profissional, ela celebra.
“Foi um ano de muitas conquistas, de muita felicidade. É um ano de saldo muito positivo e que já resulta em processos novos para o ano que vem. Foi um ano muito proveitoso e que eu vou levar com muito carinho no meu coração.”