Kéfera Buchmann desabafou sobre o preconceito que sentiu vinda de si própria ao se entender como uma mulher bissexual. Aos 32 anos, ela relembrou a época em que ainda não havia se assumido e explicou ter demorado para se aceitar, apesar de sempre ter convivido com pessoas da comunidade LGBT+.
Relato de Kéfera
Em entrevista à drag queen Bianca DellaFancy, no YouTube, a atriz desabafou: "Fui criada com um monte de gays, só ia em festa gay, minha mãe era de boa, tudo propício para [não ter problema] eu também ser LGBT+, mas demorei muito a me aceitar por preconceito comigo mesmo", iniciou.
Apesar do preconceito interno, a youtuber negou ter desrespeitado outras pessoas: "Era algo 'tudo bem os outros serem, mas eu não posso, porque está errado'. Fui muito carrasca comigo por anos, mas eu nunca fui homofóbica com os outros, mas fui muito tirana comigo".
Mesmo após já ter começado a se relacionar com mulheres, Kéfera continuou negando sua sexualidade: "Demorei anos para aceitar que também me interesso por outro gênero [além do masculino]. Desde a primeira vez que eu fiquei com uma mulher, eu negava aquilo para mim, dizia: 'fiquei, mas foi um evento esporádico, não porque eu gosto'", detalha.
"Precisava me entender, tive envolvimentos com homens e mulheres, mas ainda era uma coisa de medo de deixar isso aflorar, mas não tinha como fugir disso, eu gosto mesmo, não podia negar. E em 2021 eu assumi, mas a primeira vez que namorei mesmo uma mulher foi no ano passado", completa.
No bate-papo, a artista também criticou influenciadores que divulgam casas de apostas: "Nunca aceitei divulgar esses jogos porque considero uma falta de respeito com quem me acompanha. É um dinheiro que pode ser conquistado com trabalho duro e de forma honesta. Além disso, esse tipo de dinheiro vem carregado de uma energia negativa, de enganação, alimentada pelo prejuízo de outras pessoas".