Como será o funeral de Papa Francisco? Pontífice mudou o próprio velório antes da morte

Funeral de Papa Francisco acontecerá no próximo sábado (25); veja as mudanças que ele fez

22 abr 2025 - 11h54
Como será o funeral de Papa Francisco? Pontífice mudou o próprio velório antes da morte
Como será o funeral de Papa Francisco? Pontífice mudou o próprio velório antes da morte
Foto: Reprodução/Instagram / Contigo

Papa Francisco marcou sua trajetória no Vaticano com grandes mudanças na Igreja Católica, dentre elas, uma nova forma de fazer o funeral dos Papas. O pontífice morreu na madrugada desta segunda-feira (21) e terá seu velório realizado neste sábado (25), mas a cerimônia será completamente diferente do método implementado pelos seus ancestrais. 

Isso porque ele mesmo aprovou a nova edição do livro litúrgico para os funerais papais, o "Ordo Exsequiarum Romani Pontificis" (Rito do Funeral do Romano Pontífice), em abril de 2024. A ideia era simplificar o velório para "mostrar que o funeral do pontífice é o de um pastor e discípulo de Cristo, e não o de um poderoso deste mundo", removendo a ideia de supremacia do Papa. 

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Apenas um caixão

Antigamente, o funeral papal era feito com três caixões que se encaixavam um no outro: um de cipreste, um de chumbo e um de carvalho. Os três elementos criavam uma cobertura hermética ao redor do corpo do Pontífice, gerando um simbolismo de superioridade. A mudança aprovada por Papa Francisco fez com que o funeral fosse feito com apenas um caixão. O caixão do falecido papa será um simples de madeira e revestido em zinco.

Três Estações

Francisco ainda mudou a forma como a morte do papa é anunciada. Antigamente, os membros do Vaticano confirmavam a morte papal dentro da residência do Pontífice, agora, a informação deve ser passada uma capela particular. A mudança foi feita pois o antigo líder do Vaticano morava na casa de hóspedes Santa Marta, e não em um apartamento luxuoso no Vaticano.

A primeira estação é a confirmação da morte que deve ser feita pelo cardeal Kevin Joseph Farrell, membro que oficia como camerlengo. O ritual consiste em três golpes feitos com um pequeno martelo na cabeça do papa, além de chamar Francisco pelo nome três vezes. Caso o Pontífice não responder, é dada a morte do líder. "Vere papa mortuus est" ("Verdadeiramente, o Papa está morto"), deverá dizer o camerlengo, que destroi o anel papal.

A segunda estação é o translado do corpo do papa para a Basílica de São Pedro. É nesse período que o catafalco é removido. Francisco ainda tirou a obrigação do papa ser enterrado com seu bastão. O corpo do Pontífice, então, passa a ficar no caixão para receber as despedidas de seus fiéis por três dias. O caixão é selado antes da misse de funeral, que ocorre um dia antes do velório.

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O sepultamento

Na nova edição do livro, Francisco implementou "a introdução das indicações necessárias para um possível sepultamento em local diferente da Basílica Vaticana". Ou seja, o papa poderá ser enterrado em outro lugar que não seja o mesmo utilizado desde o início do século XX.

O latino-americano escolheu ser sepultado na Basílica de Santa Maria Maggiore, localizada em Roma, fora do Vaticano. Isso porque o falecido papa rezou diante da Virgem conhecida como "Salus Populi Romani" ("Protetora do Povo Romano") durante suas 47 viagens apostólicas.

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