Após controvérsias que envolveram a retirada do filme Ainda Estou Aqui, primeiro longa brasileiro a vencer o Oscar, da competição no Prêmio Grande Otelo deste ano, a Academia Brasileira de Cinema voltou atrás na decisão. A informação foi divulgada nesta quarta, 23, por meio de uma nota nas redes sociais da Academia.
Segundo o comunicado, produtores do filme pediram que a produção pudesse participar das categorias competitivas do Prêmio, o mais importante do audiovisual brasileiro. Antes, Ainda Estou Aqui seria alçado a "hors concours", não podendo concorrer nem a categorias técnicas, e receberia o Prêmio Especial Grande Otelo 2025.
A decisão havia despertado críticas nas redes sociais, que acusaram a Academia de ser "desrespeitosa" com os profissionais envolvidos no filme. Ainda Estou Aqui, além de conquistar o primeiro Oscar do Brasil, faturou o prêmio de Melhor Roteiro no Festival de Veneza, de Melhor Atriz de Drama no Globo de Ouro, para Fernanda Torres, e Melhor Filme Ibero-americano nos Prêmios Goya. O longa está indicado a três categorias do Prêmio Platino 2025, cuja cerimônia será realizada no dia 27 de abril, em Madri.
O Prêmio Grande Otelo ocorre no dia 30 de julho na Cidade das Artes, zona oeste do Rio de Janeiro. Ao todo, a premiação conta com 30 categorias, uma delas decidida por voto popular.