Pressão alta aumenta riscos de declínio na saúde óssea

Estudo com roedores indica que a pressão alta pode acelerar a perda óssea em animais jovens semelhante à observada durante o processo típico de envelhecimento

9 set 2022 - 19h24
(atualizado às 22h39)

A pressão alta aumenta o risco de declínio na saúde óssea, conforme aponta um estudo apresentado no American Heart Association's Hypertension Scientific Sessions 2022 (EUA). Para chegar a essa informação, os pesquisadores analisaram camundongos jovens e idosos, com ou sem hipertensão.

O estudo indica que a pressão alta pode acelerar a perda óssea em animais jovens semelhante à observada durante o processo típico de envelhecimento. Além disso, a perda óssea observada em animais jovens com pressão arterial elevada foi associada ao aumento da inflamação.

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A ideia por trás do estudo é encontrar meios de desenvolver terapias para prevenir a perda óssea em seres humanos jovens. "Identificamos uma nova população potencial em risco de fraturas por fragilidade. Isso significa que a hipertensão pediátrica pode ter implicações significativas mais tarde na vida, o que ainda precisa ser pesquisado", pontuam os autores do estudo.

Os pesquisadores estimam que um aumento na inflamação pode ser um dos mecanismos que podem mediar a associação entre hipertensão e osteoporose — uma doença óssea que aumenta o risco de fraturas.

Foto: CDC/Unsplash / Canaltech

O estudo envolveu dois grupos de camundongos mais jovens com 4 meses de idade (equivalente a uma idade humana de cerca de 25 anos) e dois grupos de camundongos mais velhos com 16 meses (uma idade humana equivalente a cerca de 52 anos).

A indução de pressão arterial elevada em camundongos jovens usando angiotensina II resultou em uma redução no volume ósseo, integridade estrutural e força. Um declínio na saúde óssea também foi observado em camundongos mais velhos com níveis saudáveis de pressão arterial. Em 2020, um estudo apontou que pessoas com hipertensão devidamente medicadas possuíam mais chances de sobreviver à covid-19.

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Fonte: American Heart Association's Hypertension Scientific Sessions 2022 via Medical News Today

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