Foi durante uma intervenção no CSIS (Center for Strategic and International Studies) que Jensen Huang, CEO da Nvidia, decidiu falar sem rodeios. Se, por um lado, todos concordam que os EUA dominam amplamente o mercado de concepção tecnológica, por outro o executivo questiona a capacidade do país de construir as infraestruturas necessárias para concretizar suas ambições.
Segundo ele, a burocracia e a lentidão logística estadunidenses se tornaram um grande obstáculo, especialmente quando comparadas à eficiência chinesa. Ele ilustra esse descompasso com uma comparação:
"Se você quiser construir um centro de dados aqui nos EUA, entre a primeira pá de terra e a entrada em operação de um supercomputador de IA, provavelmente são necessários cerca de três anos. (Na China), eles conseguem construir um hospital em um fim de semana."
A energia: o verdadeiro ponto central da guerra
Para além dos tijolos e do cimento, é o fornecimento de eletricidade que mais preocupa o CEO. A inteligência artificial é extremamente voraz no consumo de energia e, também aqui, os números apresentados por Huang são assustadores para a economia estadunidense.
A China já dispõe de uma capacidade energética duas vezes maior que a dos EUA, mesmo com a economia americana sendo, em termos gerais, maior. Pior ainda: ao observar as dinâmicas de produção, fica claro que a China não será alcançada tão cedo:
"A capacidade energética deles dispara, enquanto a nossa permanece basicamente estável neste momento. Isso...Matérias relacionadas
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