No final de maio, um grupo de cientistas do Exército de Libertação Popular da China anunciou uma arma que parece saída da literatura fantástica: o primeiro canhão de bobina do mundo sem capacitores, um dispositivo eletromagnético capaz de atingir uma cadência de tiro de 3 mil disparos por minuto. O Japão respondeu semanas depois com um canhão eletromagnético no convés de seu navio JS Asuka.
Agora, a China redobrou a aposta com um projétil digno de ficção científica.
Canhão do futuro
A China deu um novo passo na corrida armamentista de alta tecnologia com o desenvolvimento de um projeto experimental de canhão eletromagnético (ou railgun) que promete dobrar o poder de fogo e expandir significativamente seu alcance.
A chave está em uma arquitetura sem precedentes: a sobreposição de dois canhões eletromagnéticos em forma de cruz dentro de um único canhão, uma espécie de "motor linear duplo" com campos magnéticos independentes, mas coordenados.
Ideia disruptiva
A equipe do Professor Associado Lyu Qingao, da Universidade de Engenharia do Exército do PLA em Shijiazhuang, é a responsável por essa proposta disruptiva, que busca solucionar uma das limitações críticas dos projetos atuais: a incapacidade de gerar energia suficiente sem danificar o sistema.
Quando a corrente é excessiva, as peças metálicas (como a armadura em forma de U que conduz a eletricidade e lança o projétil) derretem ou são literalmente dilaceradas por forças magnéticas comparáveis às de uma "serra de ...
Matérias relacionadas
Construir túneis é muito bom, mas algumas regiões da China preferem cortar montanhas ao meio
Estamos em 2025 e o metrô de Madrid ainda soa como se estivéssemos em 1955