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Google lança Gemini 3 Flash e amplia disputa direta com o ChatGPT

Novo modelo combina raciocínio avançado, menor custo e ampla distribuição no ecossistema do Google

17 dez 2025 - 17h11

O Google anunciou nesta terça-feira, 17, o lançamento do Gemini 3 Flash, nova versão de seu modelo de inteligência artificial (IA) voltada a respostas rápidas, custo reduzido e uso em larga escala. A empresa também confirmou que o modelo passa a ser o padrão no aplicativo Gemini e no modo de IA do buscador, substituindo o Gemini 2.5 Flash para tarefas do dia a dia.

A estratégia marca mais um passo na escalada da disputa entre Google e OpenAI pelo controle do mercado de IA generativa. Ao tornar o Gemini 3 Flash o modelo padrão para bilhões de usuários de seu ecossistema, o Google aposta em distribuição massiva para ganhar terreno frente ao ChatGPT, que segue como principal referência no segmento.

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Segundo a empresa, o Gemini 3 Flash combina a capacidade de raciocínio avançado do Gemini 3 Pro com tempos de resposta mais curtos e menor custo operacional. Na prática, isso significa um modelo menos "pesado" do que os de ponta, mas suficientemente robusto para lidar com perguntas complexas, análise de imagens, vídeos e áudios.

Em testes internos e benchmarks amplamente usados no setor, o Gemini 3 Flash apresentou desempenho próximo ao de modelos mais avançados. Em avaliações de raciocínio geral, o sistema superou com folga seu antecessor e se aproximou de resultados obtidos por modelos como o Gemini 3 Pro e o GPT-5.2, lançado recentemente pela OpenAI.

Outro destaque foi o desempenho em testes de compreensão multimodal, que avaliam a capacidade de interpretar texto, imagem, vídeo e som de forma integrada. Esse tipo de habilidade tem sido cada vez mais central para aplicações práticas, como análise de vídeos curtos, leitura de documentos visuais ou interpretação de áudios enviados pelo usuário.

Para o público geral, a mudança será percebida sobretudo na velocidade e na variedade das respostas. O Google afirma que o novo modelo entende melhor a intenção das perguntas e tende a entregar respostas mais visuais, com apoio de imagens, tabelas e exemplos práticos, especialmente dentro da busca.

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Além de perguntas em texto, o Gemini 3 Flash permite que usuários enviem vídeos, fotos, gravações de áudio ou até esboços desenhados à mão para obter sugestões, explicações ou análises. A empresa também vem testando o uso do modelo para criação rápida de protótipos de aplicativos a partir de comandos simples.

Disputa acirrada com OpenAI

O lançamento acontece em um momento de alta tensão na corrida da IA. Nos últimos meses, o Google acelerou a frequência de atualizações do Gemini, com o lançamento do Gemini 3 Pro, novos modelos de geração de imagens, vídeo e maior integração da IA aos serviços de busca, e-mail e produtividade.

Do outro lado, a OpenAI, que chegou a declarar internamente um "alerta vermelho", respondeu com o GPT-5.2 e com melhorias no sistema de geração de imagens do ChatGPT, além de reforçar seu discurso de crescimento no uso corporativo.

O Google, por sua vez, aposta no alcance de seu ecossistema como diferencial competitivo. Ao integrar o Gemini de forma nativa ao buscador e a aplicativos amplamente usados, a empresa amplia rapidamente a exposição do modelo, inclusive entre pessoas que não procuram ativamente ferramentas de IA.

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Esse movimento também mira o mercado corporativo. Empresas como Figma, JetBrains, Salesforce e Workday já utilizam o Gemini 3 Flash em produtos e fluxos internos. Para desenvolvedores, o modelo passa a estar disponível por meio de APIs e plataformas como o Vertex AI, com preços pensados para tarefas repetitivas e de alto volume.

Executivos do Google afirmam que o foco do Flash é funcionar como um "modelo de trabalho", capaz de sustentar operações contínuas sem o custo elevado dos sistemas mais avançados. A empresa diz ainda que, em algumas tarefas, o novo modelo consome menos recursos do que versões anteriores, o que pode reduzir gastos no uso prolongado.

Apesar de não citar concorrentes diretamente, o Google reconhece que a disputa tem forçado todo o setor a evoluir mais rápido. A avaliação agora não se limita apenas à força bruta dos modelos, mas também à eficiência, ao custo e à capacidade de escalar sem perda de qualidade.

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