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Dois cientistas obcecados por vermes descobriram o mecanismo que regula a evolução; e ganharam o Prêmio Nobel por isso

A evolução não poderia ser tão diversa e estável sem o milagroso mecanismo que acaba de ser premiado

22 abr 2025 - 10h03
(atualizado em 23/4/2025 às 11h13)
Foto: Xataka

Há pouco mais de 50 anos, um sujeito chamado Sydney Brenner apresentou ao mundo um verme nematóide chamado Caenorhabditis elegans. Brenner ganhou o Prêmio Nobel em 2002 "por suas descobertas na regulação genética do desenvolvimento de órgãos e da morte celular programada" — mas o verme, em retrospectiva, talvez tenha sido mais importante.

O C. elegans era transparente, tinha todos os tipos de células especializadas, era facilmente manipulável e se reproduzia rapidamente. Era o sonho de todos que trabalhavam em genética e, por isso, não é surpreendente que dois estudantes de pós-doutorado, em dois continentes diferentes, ficassem obcecados por ele.

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História de uma obsessão

Victor Ambros e Gary Ruvkun se conheceram no laboratório de Robert Horvitz (outro dos Nobel de 2002) no início da década de 80, trabalhando em um problema que os deixava intrigados há anos: por que alguns desses vermes "mutantes" adquiriam estruturas, formas e soluções tão estranhas?

Durante anos, seu trabalho se concentrou em clonar (e manipular) vários tipos de nematoides mutantes. Mas não havia como. O problema se mostrava desafiador e eles eram incapazes de encontrar a solução. Na verdade, as bolsas de pós-doutorado de ambos chegaram ao fim sem que conseguissem resolver a questão, e cada um seguiu seu caminho profissional por conta própria.

Ambros acabou na Universidade de Harvard e Ruvkun no Hospital Geral de Massachusetts. Eles estavam próximos, mas não parecia: cada um continuou trabalhando por ...

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