A ideia de que as cobras atacam o calor que irradia do rosto é cientificamente válida para as serpentes conhecidas como víboras de fosseta (família Viperidae, subfamília Crotalinae), que incluem a cascavel (Crotalus), a jararaca (Bothrops) e a surucucu (Lachesis).
No entanto, a afirmação não é verdadeira para todas as serpentes venenosas, como por exemplo, a cobra-coral verdadeira (gênero Micrurus), pois sua orientação é baseada principalmente em sentidos químicos e vibrações, e não por detecção de calor e temperatura.
O órgão responsável por essa detecção de calor é a fosseta loreal (ou órgão termorreceptor). Você pode conferir mais informações em um vídeo da UFRGS mais abaixo.
O que é a fosseta loreal?
As víboras de fosseta possuem um par de orifícios localizados entre o olho e a narina. Esse órgão funciona como um sensor infravermelho altamente sofisticado, capaz de detectar variações mínimas de temperatura.
- Sensibilidade extrema: a fosseta loreal consegue detectar diferenças de temperatura mínimas.
- Imagem térmica: ela permite que a serpente crie uma "imagem térmica" da sua presa ou ameaça. O rosto humano, com suas narinas e boca exalando ar quente e úmido, é um alvo térmico proeminente, especialmente em ambientes escuros ou frios.
Visão e Calor
A serpente usa o termorreceptor principalmente para localizar presas de sangue quente (mamíferos e aves) e guiar o bote com precisão cirúrgica.
Em ambientes com luz, a visão e o movimento são fatores cruciais. No entanto, o sensor de ...
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