Pesquisadores espanhóis identificaram a composição protéica das toxinas presentes no veneno da serpente Crotalus atrox (também chamada de cascavel), uma das mais letais dos Estados Unidos e México. Conforme o Conselho Superior de Investigações Científicas (CSIC), que realizou o estudo, a análise permitirá melhorar a eficácia dos antídotos contra a picada da cobra.
A pesquisa, liderada por Juan José Calvete, integra um projeto que pretende investigar as bases moleculares da evolução de venenos deste gênero, encontrados em todo o continente americano.
Calvete explicou que técnicas proteômicas possibilitaram identificar as famílias de substâncias presentes no veneno da Crotalus atrox, além de determinar a concentração relativa. "Esta informação é relevante para saber contra quais arsenais biológicos devemos preparar os contravenenos", concluiu. No entanto, os pesquisadores não citaram quais são as toxinas.
Os resultados do estudo foram publicados pela revista científica Journal of Proteome Research. O objetivo do CSIC é melhorar a produção e a efetividade dos antídotos que neutralizam a toxina da serpente.
A Crotalus atrox, assim como a Crotalus adamanteus, é responsável pela maioria dos acidentes por envenenamento na América do Norte. Além disso, as serpentes provocam anualmente cerca de cinco milhões de envenenamentos e 100 mil mortes em todo o mundo - principalmente crianças e agricultores de países da América Latina, África e Ásia.