Há três décadas, em maio de 1995, um jovem engenheiro chamado Brendan Eich, recém-contratado pela Netscape Communications, isolou-se por dez dias frenéticos para construir um protótipo funcional de uma nova linguagem de programação projetada para trazer interatividade às páginas da web.
Mas esse mero experimento improvisado (um "truque", como ele o chamaria mais tarde) acabaria se tornando o motor da web moderna, uma ferramenta onipresente usada por quase todos os sites hoje em dia.
Quando a web ainda era estática
Em 1995, a World Wide Web estava em um momento crucial: a navegação era essencialmente passiva; os usuários liam textos, visualizavam imagens estáticas e seguiam links. A Netscape, criadora do então revolucionário Netscape Navigator (o ancestral tanto do Mozilla Firefox, quanto do Mozilla Thunderbird), viu um enorme potencial na possibilidade de transformar essas páginas estáticas em ambientes dinâmicos e interativos.
Seu objetivo era criar uma linguagem simples, acessível a designers e profissionais, sem a necessidade de amplo treinamento em programação. Era essencial que o programa fosse executado dentro do navegador, sem a necessidade de compilação complexa e sem exigir conhecimento de linguagens tradicionais como C ou Java.
Dez dias que mudaram a internet
Eich havia sido contratado para trabalhar com Scheme — uma linguagem funcional, elegante, mas pouco conhecida — embora a gerência da Netscape tivesse outros planos: eles queriam algo que "parecesse" com Java, a ...
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