Como é a Tumba Tutancâmon, no Egito, e o que foi encontrado nela?

Relíquia foi considerada a maior descoberta arqueológica da história em 1922; mais de 5 mil itens foram catalogados

25 jul 2025 - 16h12

A tumba do faraó Tutancâmon, descoberta há mais de um século no sul do Egito, foi considerada, na época, "a maior descoberta arqueológica da história", revelando segredos e hábitos antigos dos egípcios. Hoje, um fungo encontrado nessa tumba - e em tantas outras - está sendo estudado para virar uma "arma" contra o câncer.

Em 1922, vários integrantes da equipe de escavação da Tumba Tutancâmon morreram, gerando lendas sobre a "maldição do faraó". Mas, a ciência moderna revelou que o culpado era o Aspergillus flavus, um fungo comum encontrado no solo, na vegetação em decomposição e em grãos armazenados com capacidade para sobreviver em ambientes hostis, incluindo tumbas antigas, permanecendo dormente por milhares de anos.

Publicidade

A tumba do faraó foi abarrotada com joias, vestes, sandálias, roupas íntimas, brinquedos, tronos, utensílios, armas etc. De acordo com a crença egípcia, os mortos carregam tudo o que precisam para viver em outro plano.

Um desses itens, a "máscara da morte", feita de ouro puro entrelaçado com lápis lazúli do Afeganistão, obsidiana (rocha constituída por um tipo de vidro vulcânico) e quartzo, tornou-se um símbolo icônico e referenciado inúmeras vezes na cultura como sinônimo do Egito Antigo.

Uma adaga encontrada no túmulo foi forjada com uma lâmina de meteorito, segundo análises recentes, o que pressupõe uma tecnologia de derretimento do ferro muito mais avançada do que se esperava para a Idade do Bronze.

Nos últimos anos, arqueólogos descobriram ainda, apoiados pela tecnologia de sondagem, que há uma espécie de vão na Tumba de Tutancâmon, que pode tanto estar oca quanto conter o corpo mumificado da rainha Nefertiti, que alguns acreditam ser a mãe do faraó.

Publicidade

Há duas entradas, uma em cada canto da tumba, que levam a outras salas que nunca foram abertas devido ao risco de danificar a tumba.

Esse e outros mistérios ainda pairam sobre a tumba, mesmo um século após a sua descoberta.

Também há diversas dúvidas sobre a vida e o reinado de Tutancâmon, que assumiu o trono aos 10 anos de idade e morreu precocemente, com 19. Não se sabe ao certo o motivo de sua morte, nem as razões de tentarem apagar seu nome da história egípcia.

TAGS
Fique por dentro das principais notícias
Ativar notificações