Mais 236 municípios brasileiros estão prestes a ingressar na era do 5G, com a disponibilização da faixa de 3,5 GHz para essa tecnologia. A partir desta segunda-feira (27), as operadoras de telecomunicações que adquiriram lotes nessa frequência poderão solicitar à Anatel o licenciamento e ativação de estações de 5G nessas cidades.
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Com essas novas liberações, o número total de municípios com a faixa de 3,5 GHz disponível para o 5G alcançará 4.134, abrangendo cerca de 88,6% da população do país, o que equivale a mais de 189 milhões de brasileiros.
Ativação do 5G
Embora as operadoras de telecomunicações estejam autorizadas a instalar suas antenas 5G nessas cidades, apenas 463 delas (aproximadamente 11,19%) já contam com ao menos uma estação de quinta geração. Isso se deve à análise econômica realizada pelas prestadoras de serviço, que levam em consideração fatores como o número de usuários com celulares 5G antes de investir na expansão da rede.
As novas localidades aptas a receber a infraestrutura do 5G incluem municípios da Paraíba (140), Tocantins (54), Rondônia (39) e Minas Gerais (3). Com essa ampliação, agora são 15 os estados brasileiros com 100% de seus municípios cobertos pelo 5G. Apenas Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Goiás, Acre, Amazonas, Pará, Piauí, Bahia, Ceará, Rio Grande do Norte e Pernambuco ainda não atingiram esse marco.
A faixa de frequência de 3,5 GHz desempenha um papel fundamental na implementação do 5G devido às suas características técnicas. Essa faixa oferece uma combinação ideal de capacidade de transmissão de dados em alta velocidade e alcance de sinal, tornando-a adequada para suportar as demandas das aplicações avançadas do 5G, como realidade virtual, Internet das Coisas (IoT) e veículos autônomos.
No entanto, antes de ser liberada para o 5G, a faixa de 3,5 GHz passou por um processo de adaptação e preparação. Isso incluiu medidas para evitar interferências prejudiciais entre as redes de telefonia móvel e outros sistemas de comunicação que operam em frequências próximas. Além disso, foram realizadas adaptações nas infraestruturas existentes para garantir a compatibilidade com o novo uso da faixa de frequência.
Um dos desafios enfrentados durante esse processo foi a questão da interferência com o sinal de TV aberta transmitido por meio de antenas parabólicas. Para mitigar esse problema, foram adotadas medidas como a migração da recepção do sinal de televisão da banda C satelital para a banda Ku e a instalação de filtros para mitigação de interferências em todas as estações do Serviço Fixo por Satélite (FSS) impactadas.
Essas medidas visam garantir que a implantação do 5G na faixa de 3,5 GHz não afete negativamente o acesso da população ao sinal de TV aberta, ao mesmo tempo em que possibilita a expansão da conectividade de alta velocidade oferecida pelo 5G em todo o país. O objetivo final é proporcionar uma experiência de comunicação sem fio mais avançada e eficiente, contribuindo para o desenvolvimento socioeconômico e tecnológico do Brasil.
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