Num contexto de guerra comercial entre os Estados Unidos e a China, o país asiático adota uma estratégia inesperada: revender gás natural liquefeito (GNL) americano para a Europa. Essa manobra permite a Pequim transformar sanções em oportunidades econômicas.
Uma guerra comercial com repercussões energéticas
A recente escalada das tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China levou a uma série de medidas protecionistas. Washington impôs tarifas elevadas sobre produtos chineses, e Pequim respondeu com taxas semelhantes sobre as importações americanas, incluindo o gás natural liquefeito (GNL).
Ao mesmo tempo, a Europa enfrenta uma crise energética agravada pela guerra na Ucrânia, após reduzir sua dependência do gás russo. As reservas estão especialmente baixas, principalmente na Alemanha, onde atingem apenas 7% da capacidade.
A China transforma seus excedentes em ferramenta estratégica
Diante da queda da própria demanda energética e do aumento das tarifas sobre o GNL americano, a China começou a revender suas cargas de gás para outros mercados, especialmente na Europa.
Essa iniciativa permite a Pequim lucrar com contratos de importação já existentes, ao mesmo tempo em que atende à demanda crescente do continente europeu.
Essa estratégia oferece à China uma dupla vantagem: amenizar o impacto das sanções dos Estados Unidos e fortalecer suas relações comerciais com a Europa, consolidando ainda mais sua posição no mercado global de energia.
A Europa, beneficiária sob ...
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