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Ocupação Nova Palestina, uma das maiores de SP, luta por regularização há 12 anos

Após duas revisões do Plano Diretor, ocupação da zona sul conquistou direito à moradia, que ainda não se concretizou

23 set 2025 - 07h31
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Resumo
A Ocupação Vila Nova Palestina, no Jardim Ângela, zona sul de São Paulo, luta há 12 anos pela regularização fundiária, conquistando parcialmente o direito à moradia, mas sem avanços na desapropriação definitiva.
Ocupação Vila Nova Palestina, na zona sul de São Paulo, próxima à represa Guarapiranga, na divisa com Itapecerica da Serra.
Ocupação Vila Nova Palestina, na zona sul de São Paulo, próxima à represa Guarapiranga, na divisa com Itapecerica da Serra.
Foto: Marcelo Camargo/AB

Localizada no Jardim Ângela, zona sul de São Paulo, a ocupação Vila Nova Palestina surgiu em 2013, em homenagem ao país do Oriente Médio. Com cerca de duas mil famílias, é uma das maiores da cidade e, após quase 12 anos, segue sem regularização fundiária.

O distrito do Jardim Ângela tem 311 mil moradores. A ocupação Vila Nova Palestina fica no final da principal avenida da região, a M´Boi Mirim. Está ao lado do parque e da represa Guarapiranga, ocupando uma área de 1 milhão de metros quadrados, na divisa com a cidade de Itapecerica da Serra. É ligada ao Movimento dos Trabalhadores sem-Teto (MTST).

Os movimentos sociais usam a expressão ocupação; os moradores, nem sempre. “A invasão aqui foi dia 29 de novembro de 2013. E eu cheguei no sábado de manhã, dia 30. A minha amiga que veio invadir aqui, aí me ligou avisando”, declarou moradora ao pesquisador Yan Bogado Funck, que fez mestrado em Arquitetura sobre a Vila Nova Palestina na Universidade de São Paulo, em 2024.

Segundo o pesquisador, a ocupação do Jardim Ângela, prestes a completar 12 anos, “é atípica diante do histórico de ocupações do MTST” porque, enquanto diversas outras duraram semanas ou meses, a Vila Nova Palestina resiste e conquistou o direito à moradia lutando pela mudança da legislação – a regularização fundiária definitiva, porém, ainda não aconteceu.

Ato por moradia na zona sul de São Paulo reúne moradores da ocupação Vila Nova Palestina e de outras ocupações em 2014.
Ato por moradia na zona sul de São Paulo reúne moradores da ocupação Vila Nova Palestina e de outras ocupações em 2014.
Foto: Marcelo Camargo/AB

Vila Nova Palestina conquista um terço do território

A ocupação Vila Nova Palestina surgiu após as chamadas “jornadas de junho de 2013”, de protestos contra tarifa de ônibus. O MTST organizou atos em regiões periféricas de São Paulo, como Campo Limpo e Capão Redondo. A ocupação Vila Nova Palestina chegou a reunir oito mil pessoas. Na época da ocupação, imprensa e militantes falavam na “maior ocupação da América Latina”.

A área estava destinada pela Prefeitura de São Paulo à construção de um parque desde 2010, embora existisse, e ainda exista, o Parque M´Boi Mirim a poucos metros. O terreno esteve em disputa judicial que chegou a envolver mais de uma pessoa se apresentando como proprietária.

No ano seguinte à ocupação, em 2014, houve revisão do Plano Diretor de São Paulo, que destinou 30% da área ocupada pela Vila Nova Palestina para construção de moradias de interesse social. Em 2023, na nova revisão, ocupantes permaneceram por 16 dias em frente à Prefeitura, pressionando. O Plano Diretor manteve a possibilidade de construções residenciais na ocupação, mas o processo de desapropriação ainda não foi concluído.

Fonte: Visão do Corre
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