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vc repórter: mina de sal na Áustria é viagem de volta no tempo

7 jun 2009 - 18h18
(atualizado às 18h35)
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A pequena vila de Hallstatt, na região de Salzkammergut, na Áustria, não só é conhecida por suas belezas naturais. Banhada pelo lago de Hallstatt e rodeada pelas montanhas Dachstein, lá se encontram as minas de sal mineral mais antigas do mundo, que há 7 mil anos são exploradas pelo homem.

Às margens do Lago de Hallstatt, a vila tem sua economia movida pela extração de sal e turismo <a href=" http://turismo.terra.com.br/interna/0,,OI3811302-EI1421,00-vc+reporter+mina+de+sal+na+Austria+e+viagem+de+volta+ao+tempo.html" class="textolinkbold">» Leia mais </a><br>
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Foto: João Paulo dos Santos Goes / vc repórter

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Considerado patrimônio cultural e natural da humanidade pela Unesco, pelo "ouro branco", Hallstatt converteu-se durante a Idade do Ferro (aproximadamente 1000 - 450 A.C.) em um importante ponto de negócios na Europa.

A riqueza gerada com a extração mineral se reflete na arquitetura e a atividade se transformou no principal tema do turismo local. Redesenhadas para receber o público, visitas guiadas levam os visitantes pelas minas que possuem desde 2002 o "homem do sal" - um corpo humano preservado em sal encontrado em 1734, que se tornou uma das atrações dos passeios. Hoje, a região é também um dos principais sítios arqueológicos do continente.

Para chegar à entrada das minas, pode-se subir rapidamente por uma espécie de teleférico que proporciona um agradável passeio por cima da floresta, atingindo uma altura de aproximadamente de 900 m, onde viviam os mineiros - uma confortável sensação com pouco esforço físico. Quem quiser seguir os passos dos antigos trabalhadores tem a opção de percorrer um caminho histórico que, por 50 minutos, presenteia o turista com surpresas. "A cada curva surgiam pequenas cascatas de água cristalina além da vista incrível da vila e do lago, passando por antigas entradas das minas. A cada passo por esse caminho nos aumenta a vontade de explorar mais e mais", conta João Paulo Dos Santos Goes, que esteve no local em maio.

Uma moderna estrutura mostra a interessante maneira que seus antepassados utilizavam para extrair o sal de dentro da montanha. Antes de entrar na mina, é emprestada aos turistas uma roupa especial, para colocar em cima das que se está vestindo, a qual dá a sensação da voltar ao passado.

A mina Christina, aberta em 1719 em homenagem à princesa Elisabeth Christine de Braunschweig-Wolfenbüttel, esposa do kaiser Karl VI, é uma das três que se pode visitar com guia.

A 300m da entrada, pelo túnel, é possível começar a conhecer as várias maneiras de construção das minas, que foram mudando com o passar do tempo - madeira, ferro e as mais modernas de concreto. O sal está em tudo: no ar e nas paredes. "Em um momento fechei os olhos e tive a sensação de estar em uma praia pelo ar salgado que enchia meus pulmões", diz João.

Para se mover de um pavimento a outro nas minas com mais facilidade, os trabalhadores construíram tobogãs de madeira que, hoje, fazem parte da atração turística. O maior deles possui 64m de comprimento. Quem preferir pode usar as escadas. "Descendo por um deles, chegamos a um lago de água salgada, aonde nos explicou a guia as diferentes maneiras de extrair o sal", explica João, que, depois da lição histórica e informativa, foi levado pela guia Susanne a outros tobogãs e caminhos estreitos que mostram as dificuldades do trabalho em uma mina.

Cenário histórico

As primeiras provas que o homem começou a trabalhar na montanha datam de 7 mil anos atrás. A partir da idade do bronze, eles começaram a extrair o sal de uma forma mais eficiente: raspavam as paredes com ferramentas e levavam esta mistura de sal e minerais em mochilas de couro para fora, onde separavam o sal dos minerais, diluindo-o em água. Secando a água, ficava o sal.

Durante os anos, as ferramentas e as técnicas evoluíram, mas até a Idade Média, predominava o sal extraído em pedras. Eles seguiam buscando algo mais fácil, principalmente para amenizar o duro trabalho de transportar as mochilas pesadas para fora da montanha.

Finalmente criaram uma técnica nova que ainda hoje é utilizada: colocam água dentro da montanha. Pequenos poços se enchem de água doce por uma grande rede de canos que passam pelos túneis. Quando a solução atinge 26% de sal, transportam a água pelo aqueduto, inaugurado em 1607. Hoje, ele é levado até a fábrica que está a 40 km da mina, na cidade de Ebensee, onde é tratado.

As outras minas existentes na cidade estão fechadas ao público por estarem ativas, onde trabalham mineiros que extraem milhões de toneladas de sal por ano.

O sal extraído de Hallstatt, que por muito tempo foi símbolo de riqueza e poder, deixa para quem visita sua fonte, além do sabor, sua história impressionante.

Os internautas Joao Paulo Dos Santos Goes e Tamara Dörr, de São Roque (SP), participou do vc repórter, canal de jornalismo participativo do Terra. Se você também quiser mandar fotos, textos ou vídeos, clique aqui.

vc repórter
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