Equador: conheça os principais pontos turísticos de Quito
Na metade do mundo, a capital do Equador é a porta de entrada para os destinos mais procurados pelos turistas no país
Conhecida mundialmente por estar situada na latitude 0° 0’ 0”, Quito, a capital do Equador, surpreende com suas majestosas construções arquitetônicas - datadas a partir do século 16 - que dão à cidade seu ar colonial característico. Ao andar pelas ruas de pedras estreitas e íngremes do centro histórico, é possível viajar no tempo no país geralmente lembrado pela linha que leva seu nome e divide o planeta em dois hemisférios: norte e sul.
Em setembro de 1978, o centro histórico, ou La Ciudad Vieja (a cidade velha) de Quito, foi declarado pela Unesco o primeiro Patrimônio Cultural da Humanidade. Com 3,2 km², é o centro histórico mais extenso e considerado o mais bem conservado da América. A região possui praças, mais de 20 igrejas, mosteiros e conventos, além de museus e edificações que exibem graciosamente as tradicionais varandas enfeitadas com vasos de flores.
Percorrendo a área, é possível observar e vivenciar um pouco do cotidiano dos moradores da capital equatoriana. A paisagem colonial, com arquitetura preservada, se mistura com a movimentação de uma cidade grande: entre homens engravatados apressados, idosas caminham lentamente com seus trajes típicos, feitos com tecidos coloridos. Quito tem cerca de 1,6 milhões de habitantes.
Por estar próximo à linha do Equador e a 2,8 mil metros acima do nível do mar, Quito costuma ter um clima variável ao longo do dia. Com manhãs e noites frias, a temperatura média na cidade é de 17°C. Entre os meses de junho e setembro, os dias costumam ser mais quentes, com máxima que varia entre 23°C e 25°C.
Confira os principais pontos turísticos de Quito:
Plaza de La Independencia
É no coração da cidade, na Plaza de La Independencia – também chamada de Plaza Grande - que está localizado o Palácio de Carondelet, a sede do governo do Equador. Além de abrigar o centro do poder do país, a praça é cercada por outros três importantes órgãos: a Catedral Metropolitana, o Palácio Arcebispal e o Palácio Municipal. No centro da praça está o Monumento da Independência, construído em 1909, em homenagem ao movimento iniciado 100 anos antes. A estrutura é composta por um leão ferido - enfatizando a derrota das tropas espanholas -, um condor, ave emblemática dos países andinos, e a deusa romana Libertas, que representa a liberdade.
Catedral Metropolitana de Quito
No roteiro da Plaza Grande não há como não incluir a Catedral Metropolitana de Quito. Em estilo ortodoxo, ela foi construída entre 1562 e 1567 e é considerada a mais antiga da América do Sul. Com uma fusão de estilos arquitetônicos, a catedral tem arcos góticos que se misturam com decorações neoclássicas e barrocas. Além disso, é nela que está o mausoléu com os restos mortais do marechal Antonio José de Sucre, considerado herói da independência equatoriana e de outros países latino-americanos.
Plaza de San Francisco
Em uma das maiores praças de Quito, está situada também a maior e uma das mais antigas igrejas da cidade: a de San Francisco. A construção, iniciada em 1535 junto ao mosteiro que leva o nome do mesmo santo, demorou 70 anos para ser finalizada. Com fachada simétrica e um pórtico todo talhado em pedra, a igreja em estilo barroco tem ainda sobre seu altar a imagem da Virgen Alada de Quito, esculpida por Bernardo de Legarda em 1734. Inspirada na Virgen de la Inmaculada Concepción, a imagem foi feita com madeira e tem 30 centímetros.
La Basílica del Voto Nacional
De diversos cantos da cidade é possível avistar a Basílica del Voto Nacional. Com construção majestosa em estilo gótico, inspirada na Catedral francesa de Bourges, ela é a maior do gênero na América Latina. Sem dúvida, é uma das igrejas mais belas da cidade.
Do lado de fora, as gárgulas - estruturas que servem para escoar a água das chuvas - são especialmente decoradas com figuras de animais da fauna equatoriana, como tartarugas, iguanas, tatus, pumas e golfinhos. Na parte interior, inúmeros vitrais coloridos retratam a flora do país e relembram cenas da vida de Jesus. Um dos diferenciais do local é que o visitante pode subir até o topo de uma das torres da Basílica para ver, de uma altura de 117 metros, grande parte da cidade. O valor para entrar na Basílica é de US$ 3, cerca de R$ 7.
A Basílica del Voto Nacional começou a ser construída em 1883 e foi concluída somente em 1924. O Papa João Paulo II visitou o local em 30 de janeiro de 1985 e ganhou uma estátua em sua homenagem que está instalada em frente à entrada principal da igreja.
El Panecillo
Dividindo o centro e o sul de Quito, a colina do Panecillo é um dos principais mirantes da cidade. Do alto de seus 3.035 metros, é possível observar toda a capital. O nome Panecillo foi dado pelos espanhóis no início do século XVI. Antes, a colina já havia recebido outras duas denominações: Yavirac (que significa fonte de água) na era pré-Inca, e Shungoloma, como era chamada pelos incas.
É lá que está localizada também a escultura da Virgen Alada de Quito, feita pelo artista espanhol Agustín de la Herrán Matorras. Com 45 metros de altura e composto por mais de 7 mil peças de alumínio, o monumento começou a ser construído em 4 de novembro de 1955 e foi inaugurado em 28 de março de 1975.
É a réplica da escultura da virgem criada por Bernardo de Legarda, que está na Igreja de San Francisco. Os turistas podem entrar e subir até a base da imagem que é venerada pelos católicos locais.
Em razão da altitude do ponto turístico, é importante levar protetor solar, óculos de sol e blusa, para dias de vento forte.
Teleférico
O teleférico é um dos passeios imperdíveis para quem está em Quito. A paisagem da cidade situada em meio aos Andes pode ser apreciada ainda durante o percurso de 2,5 km com destino ao topo, localizado a 4.053 metros acima do nível do mar. Em aproximadamente 15 minutos de subida, o turista pode ver - de dentro da cabine fechada com vidros - a movimentação da capital equatoriana.
Quando se chega ao topo, a vista se torna encantadora. Além de praticamente toda a cidade, é possível observar os vulcões Cotopaxi (5.897 m), Antisana (5.704 m) e Cayambe (5.790 m), que estão entre os quatro maiores vulcões do país, perdendo apenas para o Chimborazo (6.267 m).
Uma dica é deixar o passeio para o final da tarde para que se possa acompanhar o pôr do sol. Os raios deixam a neve acumulada no topo dos vulcões em um tom alaranjado. É um lindo espetáculo da natureza. Não se esqueça de levar blusa para se proteger do vento e do frio, que é intenso em razão da alta altitude. O ingresso para o teleférico custa US$ 8,50, cerca de R$ 19.
A metade do mundo
Não há como estar no Equador e não pensar na linha imaginária que divide o mundo em dois hemisférios: norte e sul. Nos arredores de Quito há três lugares que marcam “a metade do mundo”, embora a linha atravesse outros 13 países. Turistas buscam os locais para tirar a famosa foto com um pé em cada parte do globo. Mas por qual motivo há três marcos diferentes?
O mais conhecido e visitado é o Monumento Equatorial, que está na Ciudad Mitad del Mundo, em San Antonio de Pichincha, ao norte de Quito. Em forma de pirâmide quadrangular, com os lados em direção aos pontos cardinais, a estrutura teoricamente se encontra na Linha Equatorial. No local, há museus - um deles que traz a exposição com uma grande variedade de insetos vivos e mortos -, um planetário, a réplica de uma vila colonial e diversas lojas de artesanato. É uma verdadeira cidade, com diversas opções para os turistas de todas as faixas etárias.
Quase 250 anos após essa primeira marcação - feita por uma expedição de franceses iniciada em 1735 e chamada de Misión Geodésica - verificou-se que o ponto correto estaria a 240 metros dali, onde hoje está o Museu Intiñan. A descoberta teria se dado devido ao uso de um GPS (Sistema de Posicionamento Global). Na área, o aparelho marca 0° 0’ 0”.
Há ainda um terceiro marco, conhecido como relógio solar Quitsato, que fica na rodovia Panavial, no caminho entre as cidades de Quito e Cayambe. No local, há sempre um guia dizendo que a linha passa por ali e explicando que, na verdade, o mapa do mundo deveria ser lido de outra forma: virado de lado. O monumento com 52 metros de diâmetro, que está ao centro de um círculo de pedras de 20 metros de diâmetro, foi construído levando em consideração o caminho do sol, em seus equinócios e solstícios.
Como chegar ao Equador?
Desde 2 de setembro deste ano, a Tame (Línea Aérea del Ecuador) está operando voos diretos de São Paulo à Quito, que saem do Aeroporto Internacional de Guarulhos/Cumbica (GRU) com destino ao novo Aeroporto Internacional Mariscal Sucre, inaugurado em fevereiro deste ano, e localizado a cerca de 40 minutos do centro de Quito.
Com capacidade para 120 passageiros nos modelos Airbus A319 e A320 e duração de seis horas e quinze minutos, o voo EQ532 parte de São Paulo às terças, quintas e sábados às 17h15 e chega à capital equatoriana às 20h30 (considerando horários locais atuais, incluindo o horário de verão). Na volta, o voo EQ531 decola de Quito nos mesmos dias da semana às 7h40 e chega a São Paulo às 16h25 (também considerando horários locais atuais). A passagem de ida e volta custa US$ 677, cerca de R$ 1,5 mil, já com as taxas incluídas.
O Terra viajou a convite do Ministério de Turismo do Equador com apoio da Tame Airlines