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Síndrome pré-menstrual disfórica não é uma condição rara

Pesquisadores analisaram a prevalência do problema em todo o mundo

1 fev 2024 - 09h07
(atualizado às 14h28)
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A síndrome envolve alterações de humor, sintomas físicos e problemas cognitivos
A síndrome envolve alterações de humor, sintomas físicos e problemas cognitivos
Foto: iStock / Jairo Bouer

Para algumas mulheres, a famosa TPM (Tensão Pré-Menstrual) pode ter sintomas mais intensos e graves. Nesse caso, a condição é chamada de síndrome pré-menstrual disfórica (ou transtorno disfórico pré-menstrual). 

Pesquisadores do departamento de psiquiatria da Universidade de Oxford, nos EUA, analisaram estudos feitos no mundo todo e concluíram que 1,6% das mulheres atendem aos rigorosos critérios diagnósticos para a síndrome. A proporção equivale a 31 milhões de mulheres.

Proporção pode ser bem maior

Quando se considera apenas diagnósticos provisórios, em que os sintomas não foram medidos por tempo suficiente para atender aos critérios diagnósticos, a proporção é praticamente o dobro: 3,2% das mulheres.

A equipe utilizou dados de 50.659 participantes do sexo feminino de 44 estudos, realizados em seis continentes.

Principais sintomas

As manifestações da síndrome pré-menstrual disfórica são:

- alterações de humor (como depressão e ansiedade);

- sintomas físicos (como sensibilidade nos seios e dor nas articulações);

- problemas cognitivos (como dificuldade de concentração ou queixas de memória).

De acordo com os pesquisadores, a proporção de 1,6% deve ser subestimada, já que os critérios diagnósticos são rigorosos. E eles alertam que uma minoria de mulheres com a síndrome pode ter pensamentos suicidas.

Infelizmente, existe poucos médicos e mesmo psiquiatras treinados para lidar com a síndrome, que apesar de debilitante é tratável.

Os autores afirmam que os dados desafiam muitas preconcepções sobre a doença, incluindo a ideia de que se trata de uma medicalização de sintomas menstruais "normais", ou que seria uma "síndrome da cultura ocidental".

A psicóloga Clare Knox, coautora do artigo e que já sofrou com a síndrome, observa que milhares de mulheres sofrem em silêncio com sintomas que impactam profundamente suas vidas.

"Esta cifra impressionante é um alerta, destacando a necessidade urgente de processos diagnósticos aprimorados, planos de tratamento eficazes e sistemas de apoio robustos para as pessoas afetadas" afirmou.

O artigo "A prevalência da síndrome pré-menstrual disfórica: Revisão sistemática e meta-análise" foi publicado no Journal of Affective Disorders.

Jairo Bouer
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