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Wegovy em comprimido tem eficácia comparável à forma injetável, segundo estudo da Novo Nordisk

Nova versão também tem a semaglutida como princípio ativo e está em análise pela FDA

5 nov 2025 - 10h51
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Atlanta, EUA* - A semaglutida oral de 25 mg possui eficácia comparável à sua versão injetável (semaglutida de 2,4 mg) no tratamento da obesidade, de acordo com estudo apresentado pela Novo Nordisk, fabricante do medicamento.

A nova formulação oral é de uso diário, enquanto a caneta, comercializada com o nome de Wegovy, é de uso semanal. Ambas têm como princípio ativo a semaglutida, molécula que imita a ação do hormônio GLP-1, que melhora a secreção de insulina pelo pâncreas, reduz o apetite, retarda o esvaziamento do estômago e promove a sensação de saciedade.

A versão em comprimido do composto foi submetida à análise da FDA (agência americana semelhante à Anvisa) e aguarda aprovação para a comercialização nos Estados Unidos. Segundo a empresa, a análise da agência reguladora deve ser concluída até o fim deste ano.

Ainda não há, porém, uma previsão da chegada da versão em comprimido ao Brasil. Em entrevista ao Estadão, Yan Cai, vice-presidente sênior de Medicina e Marketing da empresa, afirmou que a farmacêutica deve trabalhar com uma estratégia de "ondas" de submissão às agências reguladoras.

"O que posso garantir é que o Brasil é um dos países mais importantes para a companhia, e será priorizado. Mas, até o momento, ainda não há uma decisão sobre quando exatamente faremos a submissão no Brasil", disse na ocasião.

A Eli Lilly, fabricante do Mounjaro, também divulgou recentemente resultados de um estudo de fase 3 da orforgliprona, medicamento oral para o tratamento da obesidade.

Comparação

A comparação entre as versões foi indireta, baseada nos dados dos estudos OASIS 4, que avaliou a semaglutida oral contra placebo, e STEP 1, que avaliou a semaglutida injetável contra placebo.

A análise mostrou que os principais desfechos — proporção de pessoas que atingiram reduções de peso corporal iguais ou superiores a 5%, 10%, 15% e 20%, melhora nos marcadores cardiometabólicos e na qualidade de vida — foram comparáveis entre as formulações oral e injetável.

O perfil de segurança e tolerabilidade da semaglutida oral também foi consistente com o da injetável. Os eventos adversos gastrointestinais foram, em geral, leves a moderados e transitórios, sendo os mais comuns náusea (46,6% contra 18,6% para placebo) e vômito (30,9% contra 5,9% para placebo).

Os resultados do estudo foram apresentados durante a ObesityWeek 2025, em Atlanta, nos Estados Unidos.

"A possibilidade de oferecer uma formulação oral com eficácia comparável à versão injetável representa um avanço fundamental na personalização e na conveniência do tratamento da obesidade", afirma Marilia Fonseca, diretora médica da Novo Nordisk no Brasil.

Outros benefícios para a saúde

Análises conduzidas pela farmacêutica apontam que a semaglutida oral levou a melhoras nos parâmetros glicêmicos e em fatores de risco cardiovascular, como proteína C reativa e triglicerídeos.

Além disso, 71,1% dos participantes com pré-diabetes que usaram o comprimido alcançaram níveis normais de glicose, contra 33,3% no grupo placebo.

Também houve mudança no comportamento dos pacientes. Aqueles que relataram baixa função física no início do estudo tiveram melhorias nesse aspecto: 77,3% dos que tomaram semaglutida oral alcançaram uma mudança positiva no escore de função física, em comparação com 42,9% no grupo placebo.

Uma análise combinada dos estudos OASIS 4 e STEP 1 mostrou ainda que o uso de semaglutida em mulheres na pré-menopausa foi associado a uma perda média de 18% do peso corporal, enquanto na perimenopausa e na pós-menopausa foi de cerca de 15%.

*A repórter viajou para a ObesityWeek 2025 a convite da Novo Nordisk.

Estadão
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