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Transtorno de compulsão alimentar: quando comer vira sofrimento

TCA: entenda o que é Transtorno de Compulsão Alimentar, quando vira motivo de preocupação e como buscar ajuda para recuperar o controle

10 dez 2025 - 08h03
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O Transtorno de Compulsão Alimentar (TCA), também chamado de transtorno de compulsão alimentar periódica, é um quadro em que a pessoa sofre episódios recorrentes de ingestão de grandes quantidades de comida em pouco tempo, acompanhados de sensação de perda de controle. Em geral, esses episódios acontecem mesmo sem fome intensa e costumam vir seguidos de vergonha, culpa ou desconforto físico. Diferentemente da bulimia, não há uso regular de métodos compensatórios, como vômitos provocados ou uso abusivo de laxantes.

Esse transtorno pode atingir pessoas de qualquer idade, gênero ou peso corporal. Muitas vezes, passa despercebido durante anos, porque quem sofre com o problema tende a esconder os episódios, comer sozinho ou em horários alternativos. Em 2025, estudos internacionais apontam o TCA como um dos transtornos alimentares mais frequentes, com impacto direto na saúde física, na autoestima e na vida social.

O que é TCA e como ele se manifesta no dia a dia?

O TCA é caracterizado por episódios de "ataques de fome" em que a pessoa consome, em um intervalo curto, uma quantidade de alimentos considerada maior do que a maioria das pessoas comeria nas mesmas circunstâncias. Esses episódios vêm acompanhados de sensação de falta de controle, como se fosse impossível parar de comer ou escolher o que comer. Não se trata apenas de "exagerar" em uma refeição festiva, mas de um padrão repetitivo e angustiante.

Alguns sinais costumam aparecer com frequência em quem enfrenta transtorno de compulsão alimentar:

  • Comer muito rápido e de forma automática, sem prestar atenção ao sabor ou à saciedade.
  • Continuar comendo mesmo após sentir-se fisicamente cheio.
  • Fazer refeições escondidas, comendo sozinho por vergonha da quantidade.
  • Sentir-se culpado, envergonhado ou triste depois dos episódios.
  • Ter variações de peso ao longo do tempo, com tentativas repetidas de dieta restritiva.
Impactos que vão além do prato: o transtorno afeta saúde física, autoestima, relações sociais e pode se agravar com dietas restritivas e isolamento – depositphotos.com / Prot56
Impactos que vão além do prato: o transtorno afeta saúde física, autoestima, relações sociais e pode se agravar com dietas restritivas e isolamento – depositphotos.com / Prot56
Foto: Giro 10

Quando o TCA deve se tornar uma preocupação?

O TCA deve ser motivo de preocupação quando a alimentação deixa de ser uma atividade cotidiana e passa a dominar pensamentos e comportamentos. Em geral, o transtorno passa a exigir atenção profissional quando as crises se tornam frequentes, causam sofrimento emocional intenso ou prejudicam a rotina, o trabalho, os estudos e as relações pessoais. Nesses casos, o problema deixa de ser um "exagero ocasional" e passa a ser um quadro clínico que merece acompanhamento.

Alguns critérios ajudam a identificar quando o transtorno de compulsão alimentar está em um nível preocupante:

  1. Frequência dos episódios: episódios de compulsão pelo menos uma vez por semana, por três meses ou mais.
  2. Sofrimento associado: presença de vergonha, culpa, ansiedade ou angústia após comer.
  3. Prejuízo na vida diária: dificuldade de sair de casa, evitar eventos sociais com comida ou queda no desempenho profissional e acadêmico.
  4. Alterações de saúde: surgimento de problemas como aumento de peso importante, alterações de glicemia, colesterol ou pressão arterial.

Quais riscos o transtorno de compulsão alimentar traz para a saúde?

O TCA está fortemente associado a impactos físicos e emocionais. Em termos de saúde do corpo, episódios frequentes de ingestão excessiva podem favorecer ganho de peso, obesidade e doenças metabólicas. Em 2025, médicos relatam associação significativa entre transtorno de compulsão alimentar e quadros como diabetes tipo 2, hipertensão e esteatose hepática (gordura no fígado).

No campo emocional, o TCA se relaciona com outros transtornos mentais, como depressão, ansiedade e baixa autoestima. A pessoa pode entrar em um ciclo de restrição e compulsão: faz dietas rígidas, sente-se privada, perde o controle, come em excesso e, em seguida, volta a se punir com novas restrições. Esse padrão tende a aumentar o risco de isolamento social, dificuldades nos relacionamentos e desregulação do sono.

  • Riscos físicos: aumento do índice de massa corporal, dores articulares, alterações hormonais e risco cardiovascular.
  • Riscos emocionais: sentimentos de fracasso, autocrítica intensa e piora da imagem corporal.
  • Riscos sociais: afastamento de amigos, medo de comer em público e conflitos familiares em torno da alimentação.
Reconhecer para tratar: identificar a frequência das crises e o sofrimento envolvido é o primeiro passo para buscar apoio psicológico, médico e nutricional – depositphotos.com / evphoto48.yandex.ru
Reconhecer para tratar: identificar a frequência das crises e o sofrimento envolvido é o primeiro passo para buscar apoio psicológico, médico e nutricional – depositphotos.com / evphoto48.yandex.ru
Foto: Giro 10

Como saber se é hora de procurar ajuda para TCA?

O transtorno de compulsão alimentar passa a exigir ajuda especializada quando a pessoa percebe que não consegue mudar o padrão sozinha, apesar de tentativas repetidas. Quando há sensação de perda de controle, vergonha persistente, ganho de peso acentuado ou piora de condições médicas pré-existentes, o acompanhamento com profissionais se torna fundamental. Não se trata apenas de força de vontade, mas de um quadro reconhecido pela psiquiatria e pela psicologia.

Geralmente, o tratamento envolve uma equipe multidisciplinar, que pode incluir:

  • Psicólogo, para trabalhar os gatilhos emocionais, o comportamento alimentar e a relação com o corpo.
  • Médico psiquiatra, para avaliação do diagnóstico e, quando indicado, uso de medicação.
  • Nutricionista, para orientar uma alimentação estruturada, sem dietas extremas.
  • Grupos de apoio, que podem ajudar a reduzir o sentimento de isolamento e vergonha.

Quanto mais cedo o TCA é identificado e abordado, maior a chance de reduzir complicações e retomar uma relação mais equilibrada com a comida. A informação atualizada sobre transtorno de compulsão alimentar, em 2025, mostra que o reconhecimento do problema e a busca por apoio profissional são passos centrais para evitar que o transtorno se torne crônico e cause danos duradouros à saúde física e mental.

Giro 10
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