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Mudar escovação pode remover melhor a placa em crianças

25 set 2012 - 08h05
(atualizado às 08h14)
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A dentista Alessandra Reyes analisou os primeiros molares em erupção de 33 crianças entre 5 e 7 anos. A conclusão foi que a técnica anteroposterior - para frente e para trás - é mais eficiente na remoção de placa do que a técnica tradicionalmente indicada pelos dentistas, chamada transversal.
A dentista Alessandra Reyes analisou os primeiros molares em erupção de 33 crianças entre 5 e 7 anos. A conclusão foi que a técnica anteroposterior - para frente e para trás - é mais eficiente na remoção de placa do que a técnica tradicionalmente indicada pelos dentistas, chamada transversal.
Foto: Shutterstock
Um estudo da Faculdade de Odontologia da USP revelou que mudar o jeito de escovar os dentes pode ser mais eficiente no combate à placa e ao biofilme (placa bacteriana). A dentista Alessandra Reyes analisou os primeiros molares em erupção de 33 crianças entre 5 e 7 anos. A conclusão foi que a técnica anteroposterior – para frente e para trás - é mais eficiente que a técnica tradicionalmente indicada pelos dentistas, chamada transversal. 
 
Além da técnica anteroposterior, foi observado que a escova deve ter cerdas de diferentes níveis. Assim, o dente que ainda está nascendo é alcançado e devidamente limpo. “A escovação anteroposterior pede movimentos mais instintivos. Já a técnica transversal exige que a escova fique inclinada para o dente que está nascendo. Como esse não é um movimento natural, as crianças podem esquecer-se de aplicá-lo”, diz Alessandra.
 
Segundo a dentista, após 15 dias da orientação, as crianças removeram placa, tanto com uma quanto com outra técnica. Após três meses, elas podem ter esquecido a técnica transversal e foi quando a escova de cerdas multinível acabou sendo útil. “A escova com cerdas multinível é mais cara, mas sua indicação não vale a pena só pela remoção de placa, mas pelo fato de poder levar a menor progressão das lesões de cárie, que é o que vamos tentar comprovar com a continuação do estudo”, aponta. 
 
O primeiro molar foi escolhido para o estudo porque a probabilidade de cárie neste dente é muito maior do que nos outros, uma vez que ele fica exposto durante 15 meses – tempo que demora a nascer. Outra conclusão da pesquisa foi que as regiões que as crianças conseguem ver no espelho ficam muito mais limpas, já que elas conseguem lembrar que tem que escovar aquela parte do dente.
 
Para o cirurgião-dentista, Mauricio Matson, uma higiene oral perfeita é conseguida apenas com motivação constante e um controle individual da remoção do biofilme. “Os retornos periódicos ao dentista para verificar a condição da higiene e fazer um acompanhamento personalizado individual são necessários, independente da técnica de higiene adotada”, afirma. O especialista enfatiza, ainda, que, segundo a filosofia de higiene oral do Prof. Jiri Sedelmayer, uma escova dental deve ter, no mínimo, 5 mil cerdas para o controle do biofilme ser eficiente. 
Fonte: Intere
Fonte: Terra
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