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Legionelose: entenda a doença que já deixou seis mortos na Argentina

Surto de pneumonia bilateral atingiu profissionais e pacientes de um hospital privado na província de Tucumán

7 set 2022 - 10h11
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Dois dias depois de ter identificado a legionelose como a causa por trás do surto recente de pneumonia que afetou profissionais e pacientes de um hospital em Tucumán, a Argentina atualizou para seis o total de mortes relacionadas à doença. A informação foi confirmada na segunda-feira, 5, pelo ministro da Saúde responsável pela província, Luis Medina Ruiz.

As vítimas foram identificadas como dois homens, de 64 e 81 anos, ambos com "comorbidades severas" e que, após a infecção pela bactéria Legionella, respiravam com a ajuda de aparelhos. Além das seis pessoas que morreram, outras 13 foram afetadas pela doença. Todas tinham algum tipo de contato recente com o hospital privado Luz Medica S. A.

Nove pacientes estão em casa, recebendo acompanhamento médico, enquanto outros quatro estão internados, dois deles em estado grave, segundo Medina Ruiz. O Ministério da Saúde da Argentina confirmou que o surto foi causado pela bactéria Legionella, restando por ora apenas a tipificação, embora a suspeita principal seja de Legionella pneumophila.

O que é legionelose?

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a legionelose ou doença dos legionários é uma forma genérica de denominar qualquer infecção pulmonar ou não-pulmonar causada pelas bactérias do tipo Legionella. O grau de severidade dos quadros pode variar do médio ao sério e, por vezes, levar à morte. Apesar de ser incomum e ter um índice de mortalidade que varia entre 5% a 10%, a doença está associada à transmissão comunitária e/ou hospitalar e pode levar a "surtos de importância sanitária pública".

Como começou o surto na Argentina?

Os 13 pacientes identificados até o momento estavam em um hospital privado no município de San Miguel de Tucumán, na região de Tucumán, entre os dias 18 e 25 de agosto. Nesta segunda-feira, o Ministério da Saúde da Argentina anunciou uma mudança de critério nos casos do surto, passando a incluir também os pacientes, médicos, enfermeiros e outros profissionais que estiveram no local durante o mês e apresentaram algum sintoma compatível com a doença.

O ministro de Tucumán informou que está sendo procurada a fonte de contágio na clínica, mas admitiu que se trata de uma bactéria de "difícil identificação".

Representantes da Opas e do Ministério da Saúde da Argentina durante coletiva de imprensa em Tucumán no último sábado, 3, sobre casos de pneumonia na região. Foto: Tucumán Province Health Ministry / AFP

Quais os sintomas da legionelose?

O período de incubação da legionelose é de 2 a 16 dias após contato com a bactéria. Os sintomas incluem febre, tosse, perda de apetite, dor de cabeça, mal-estar, letargia, dor muscular, diarreia e confusão mental. A doença tende a piorar durante a primeira semana e pode rapidamente desenvolver-se para uma forma fatal de pneumonia, o que vai depender do tratamento e da existência de riscos prévios à saúde do paciente.

Como a legionelose é transmitida?

A principal forma de transmissão da bactéria é pela inalação de aerossóis com fontes de água contaminadas, especialmente por ar condicionado, umidificador de ar e produtos similares de origem industrial. A OMS frisou que até o momento não foi registrado nenhum contágio de uma pessoa para a outra.

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Estadão
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