Insuficiência renal aguda: entenda o que é condição e como ela agrava o quadro do Papa Francisco
Pontífice está há mais de 10 dias internado com pneumonia bilateral
Hospitalizado há mais de dez dias, o Papa Francisco tem apresentado melhora em seu estado de saúde, de acordo com o último boletim médico divulgado pelo Vaticano nesta quinta-feira, 27. No entanto, ainda precisa usar oxigênio e “dias adicionais” para alcançar a “estabilidade clínica” para definir o prognóstico.
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Na última semana, o Vaticano havia informado que o Santo Padre tinha sido identificado com insuficiência renal aguda (IRA). Segundo a médica Daniela Ponce, membro da Sociedade Brasileira de Nefrologia, o quadro é silencioso e costuma surgir em pacientes com fatores de risco, como é o caso do papa, resultando na perda da capacidade de filtrar resíduos, sais e líquidos do sangue. Ela é classificada em três estágios, do estado mais leve até o mais grave, que precisa de diálise.
“Ele é um paciente que a gente considera em fator de risco para injúria renal aguda porque ele é um paciente idoso, de 88 anos e precisou ser hospitalizado há duas semanas [...], um paciente que já tem antecedentes de quadros de pneumonia. [...] Se a saída for mais grave, a ponto de ele começar a reter líquido, o sangue ficar ácido, certamente isso traria uma repercussão negativa na parte pulmonar, mas pelo o que estamos acompanhando, isso não aconteceu”, explicou a especialista em entrevista ao Terra Agora, nesta quinta-feira.
Ela detalhou que a situação do rim foi agravada devido ao quadro pulmonar, por isso foi uma questão de alerta. Na quarta-feira, 26, o boletim médico mostrou que a insuficiência renal aguda (IRA) que o Papa Francisco enfrentava nos últimos dias foi resolvida. No entanto, ainda não há previsão de alta.
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Como evitar quadro
Segundo a especialista, o rim filtra uma grande quantidade de sangue e quaisquer condições que alterem os líquidos dos pacientes podem ocasionar uma insuficiência renal aguda (IRA). Por este motivo, pessoas com comorbidades devem ficar atentos às condições e cuidados do corpo.
“Diante desses sinais de alerta, a gente tem que identificar, tentar prevenir. Se não prevenir, diagnosticar e tratar o que levou a essa perda aguda da função renal”, explica Daniela Ponce.