Glúten faz mal? Médica explica quem deve evitar
Proteína natural encontrada em cereais como trigo, cevada e centeio
O glúten é uma proteína natural encontrada em cereais como trigo, cevada e centeio. Ele é o responsável por dar elasticidade e maciez às massas de pães, bolos, pizzas e massas em geral. Ele ajuda a massa a ficar com aquela textura leve e aerada. Apesar de ser um componente comum da alimentação, o glúten também desperta dúvidas e controvérsias sobre seus possíveis efeitos na saúde. Ele faz mal?
"O glúten, por si só, não é uma substância “vilã” para a maioria das pessoas. Ele é uma proteína presente no trigo, centeio e cevada e está em diversos alimentos do dia a dia, como pães, massas e bolos. O problema está na resposta individual do organismo", explica a Dra. Eliana Teixeira, médica pós-graduada em endocrinologia e nutrologia.
Em indivíduos com predisposição genética ou alterações intestinais — como inflamações crônicas, disbiose ou doenças autoimunes — o glúten pode causar reações inflamatórias. "Ele pode aumentar a permeabilidade intestinal e agravar sintomas como distensão abdominal, fadiga e dores articulares. Portanto, o impacto do glúten depende muito do contexto metabólico e intestinal de cada pessoa", complementa.
Quem realmente precisa evitar alimentos com gúten?
A retirada total do glúten é indicada para pessoas com doença celíaca, uma condição autoimune em que o consumo de glúten provoca inflamação e lesões na mucosa intestinal, levando à má absorção de nutrientes.
"Também pode ser benéfica para indivíduos com sensibilidade não celíaca ao glúten ou doenças autoimunes, como tireoidite de Hashimoto, em que o controle da inflamação intestinal auxilia na melhora clínica. Além disso, alguns pacientes com síndrome do intestino irritável relatam melhora dos sintomas ao reduzir o glúten, mesmo sem diagnóstico formal de intolerância", diz a médica.
Fora desses casos, a especialista diz que não há evidência científica que justifique a exclusão completa da proteína.