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Ervilha-borboleta: a flor azul que une beleza, culinária e curiosidade científica

Ervilha-borboleta (Clitoria ternatea): flor azul-intenso, chá que muda de cor, PANC versátil na culinária, corante natural e ornamenta

25 dez 2025 - 10h30
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A ervilha-borboleta, conhecida pelo nome científico Clitoria ternatea, vem ganhando espaço em jardins, hortas e cozinhas no Brasil. Originária de regiões tropicais da Ásia, ela se adaptou bem ao clima brasileiro e hoje é vista como uma alternativa curiosa e versátil para quem busca novas experiências na alimentação e no paisagismo. Sua principal marca são as flores de tom azul-intenso, que chamam a atenção tanto pela cor quanto pelas possibilidades de uso.

Além do impacto visual, a planta se destaca por um detalhe que costuma surpreender: o chá feito com suas flores muda de cor quando entra em contato com substâncias ácidas. Ao adicionar suco de limão, por exemplo, o líquido azul se transforma em um tom roxo ou lilás, criando um efeito visual que tem sido explorado em bebidas, sobremesas e apresentações gastronômicas. Essa característica fez com que a ervilha-borboleta se tornasse tema frequente em redes sociais e na cozinha criativa.

O que é a ervilha-borboleta e por que ela chama tanta atenção?

A ervilha-borboleta é uma leguminosa trepadeira, de clima quente, que se desenvolve bem em pleno sol e solos bem drenados. Suas flores azul-vivo, às vezes com toques de branco, são ricas em pigmentos chamados antocianinas, responsáveis tanto pela coloração intensa quanto pela famosa mudança de cor em contato com ácidos. Por ser uma espécie perene em regiões tropicais, pode florescer por longos períodos ao longo do ano, especialmente em áreas com poucas variações extremas de temperatura.

No contexto alimentar, a ervilha-borboleta é classificada como uma PANC (planta alimentícia não convencional). Isso significa que, apesar de comestível, ainda não faz parte do cardápio tradicional da maior parte da população. Em muitas casas, a planta é cultivada apenas como ornamental, sem que se saiba que suas flores podem ser usadas na culinária. A ampliação do interesse por PANCs no Brasil tem contribuído para que essa espécie seja cada vez mais conhecida e explorada.

Fácil de cultivar e altamente ornamental, a trepadeira ganhou espaço em hortas, paisagismo e na gastronomia em 2025 – depositphotos.com / gukguithammasorn.gmail.com
Fácil de cultivar e altamente ornamental, a trepadeira ganhou espaço em hortas, paisagismo e na gastronomia em 2025 – depositphotos.com / gukguithammasorn.gmail.com
Foto: Giro 10

Ervilha-borboleta na culinária: chá azul, corante natural e receitas criativas

O uso culinário da ervilha-borboleta concentra-se principalmente nas flores. Quando desidratadas ou frescas, elas são empregadas para preparar chá azul, que pode ser consumido quente ou gelado. Ao adicionar limão, maracujá ou outras frutas ácidas, a bebida ganha tons de roxo ou rosa-violáceo. Essa transformação visual tem sido usada em drinques, coquetéis sem álcool e bebidas servidas em eventos, com foco em apresentações mais elaboradas.

Além do chá, a planta vem sendo utilizada como corante natural. O extrato das flores pode colorir arroz, massas, gelatinas, bolos, pães e coberturas, sem alterar significativamente o sabor. Em restaurantes e confeitarias, o ingrediente é adotado para criar preparações com tonalidade azul ou lilás, algo pouco comum em alimentos naturais. Em alguns casos, as flores inteiras são usadas para decorar pratos, saladas e sobremesas, agregando um aspecto visual marcante.

  • Chás e infusões de cor azul que mudam para roxo com limão
  • Bebidas geladas, refrescos e coquetéis sem álcool
  • Arroz azul ou arrozes coloridos para pratos especiais
  • Sobremesas com corante natural, como bolos e mousses
  • Flores frescas usadas como guarnição comestível
Considerada uma PANC, a ervilha-borboleta é usada como corante natural em bebidas, sobremesas e pratos criativos – depositphotos.com / norgallery
Considerada uma PANC, a ervilha-borboleta é usada como corante natural em bebidas, sobremesas e pratos criativos – depositphotos.com / norgallery
Foto: Giro 10

Como cultivar ervilha-borboleta em jardins e hortas?

O cultivo da ervilha-borboleta é considerado simples para quem já tem alguma experiência com plantas de clima tropical. A espécie prefere sol pleno, mas pode tolerar meia-sombra, desde que receba boa luminosidade ao longo do dia. Em jardins, a planta costuma ser conduzida em cercas, treliças, pergolados ou grades, formando um pano de fundo azul quando está em plena floração.

  1. Escolha do local: priorizar áreas ensolaradas e protegidas de ventos muito fortes.
  2. Solo: solo leve, fértil e bem drenado, com adição de matéria orgânica.
  3. Plantio: sementes podem ser semeadas diretamente no local definitivo ou em recipientes para posterior transplante.
  4. Rega: manter o solo úmido, sem encharcar; em períodos muito secos, aumentar a frequência de irrigação.
  5. Condução: oferecer suporte para que a trepadeira se enrosque e cresça verticalmente.

Em hortas urbanas e pequenos espaços, a ervilha-borboleta pode ser plantada em vasos ou jardineiras profundas, desde que haja apoio para a trepadeira subir. O manejo inclui podas de limpeza, retirada de ramos secos e colheita frequente das flores, o que estimula novas florações. Em ambientes domésticos, a planta é frequentemente combinada com outras espécies ornamentais para formar composições coloridas.

Por que a ervilha-borboleta é considerada uma PANC e uma planta ornamental?

A classificação como PANC está ligada ao fato de que a ervilha-borboleta não integra o circuito alimentar convencional, apesar de ser comestível e segura quando utilizada de forma adequada. Em muitas regiões do Brasil, a planta ainda é pouco mencionada em feiras, supermercados e mercearias, permanecendo restrita a hortas caseiras, projetos de agricultura urbana e iniciativas de gastronomia experimental. Essa condição faz com que ela seja tratada como uma alternativa para diversificar a alimentação e ampliar o uso de espécies vegetais disponíveis.

Ao mesmo tempo, a função ornamental da ervilha-borboleta é um dos motivos pelos quais a planta chega primeiro aos quintais e jardins. As flores azul-intenso se destacam em cercas vivas, muros e canteiros, criando contraste com o verde das folhas e com outras espécies de cores diferentes. Em projetos de paisagismo, a trepadeira é usada para cobrir estruturas, sombrear pequenos espaços e atrair polinizadores, como abelhas, borboletas e outros insetos.

Entre as curiosidades mais citadas está o interesse crescente de bartenders, chefs e produtores artesanais pela ervilha-borboleta como corante natural e elemento cenográfico em bebidas. Em eventos, o efeito do chá que muda de azul para roxo ao receber limão tem sido explorado como recurso visual. A soma entre valor ornamental, potencial culinário e status de PANC faz com que a planta ocupe um espaço particular no cenário das espécies tropicais cultivadas no Brasil em 2025, unindo estética, uso alimentar e curiosidade científica em uma única trepadeira.

Giro 10
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