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Entenda o que é o herpes-zóster e os seus sintomas

Alguns cuidados são importantes para evitar a doença infecciosa causada pela reativação do vírus da catapora

20 set 2024 - 11h32
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O herpes-zóster tem deixado autoridades de saúde em alerta devido ao aumento no número de casos no país. De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil registrou cerca de 2,6 mil internações por herpes-zóster em 2023, um aumento de 13,6% em relação ao ano anterior, com 2,3 mil ocorrências.

O herpes-zóster é causado pela reativação do vírus da catapora, e aumento da doença preocupa especialistas
O herpes-zóster é causado pela reativação do vírus da catapora, e aumento da doença preocupa especialistas
Foto: ART-ur | Shutterstock / Portal EdiCase

Originada do mesmo vírus que causa a catapora, essa doença pode atingir qualquer pessoa que já teve a doença em algum momento da vida. Ela é especialmente perigosa em casos de pessoas com o sistema imunológico comprometido.

O que é o herpes-zóster?

O infectologista Dr. Luiz Otávio da Fonseca explica que o herpes-zóster, também conhecido popularmente como cobreiro, tem origem bem comum. "Esta é uma doença infecciosa provocada pelo Vírus Varicela-Zoster, o mesmo que causa a catapora, que é a infecção primária manifestada a partir do momento da contaminação. Já o herpes-zóster é uma enfermidade causada a partir da reativação do vírus anos ou décadas depois de adquirida", explica o especialista.

Causas da doença

De acordo com o médico, a reativação da doença pode ocorrer devido à baixa imunidade do organismo. "Este não é necessariamente um problema na medida em que o vírus é rapidamente combatido pelos anticorpos produzidos pelo organismo toda vez que tenta reativar (causar doença no corpo)", explica.

No entanto, ele ressalta que, ao passar dos anos, a imunidade do indivíduo pode baixar, fazendo com que o Varicela-Zoster consiga causar o herpes-zóster. "Ou seja, para mantermos o vírus sob controle, precisamos de um sistema imunológico forte e saudável", afirma.

Sintomas do herpes-zóster

Apesar do nome, é importante ressaltar que o herpes-zóster não tem relação direta com o vírus da herpes simples, aquele que causa lesões na boca e nos genitais. Entre os sintomas dessa doença, estão:

  • Erupções cutâneas (que aparecem sempre no mesmo lado do corpo);
  • Ardor e coceira no local das lesões;
  • Febre;
  • Dor de cabeça;
  • Mal-estar.

Outro sintoma comum se refere a dores muito intensas nos nervos da região torácica, cervical, lombar ou da face. Elas costumam preceder o surgimento das lesões e, em alguns casos, persistir por meses — mesmo depois do diagnóstico e tratamento da doença. 

O tratamento para herpes-zóster reduz sintomas e ajuda na cicatrização de feridas
O tratamento para herpes-zóster reduz sintomas e ajuda na cicatrização de feridas
Foto: Aquarius Studio | Shutterstock / Portal EdiCase

Tratamento contra herpes-zóster

Uma vez que a doença se manifesta, o tratamento é feito com analgésicos e drogas antivirais que visam aliviar os sintomas e promover a cicatrização mais rápida das feridas. Quanto mais precoce o diagnóstico e o início da medicação, mais rápida é a cura.

Embora não represente um grande perigo à maior parte dos pacientes, o herpes-zóster pode causar dores e lesões bastante incômodas. Ainda, coloca em maior nível de perigo idosos, pessoas imunossuprimidas ou com outras doenças que causem imunodeficiência.

Como prevenir o herpes-zóster?

A Varicela-Zoster é transmissível apenas para pessoas que nunca tiveram catapora ou que não receberam a vacina contra a doença na infância. Nestes casos, é importante permanecer distante de pacientes que estejam manifestando sintoma do herpes-zóster e não ter contato com suas roupas, lençóis, cobertores ou toalhas contaminados.

Outra forma de prevenção se trata da vacina contra herpes-zóster, indicada principalmente para pessoas a partir dos 50 anos, faixa etária de maior incidência da doença. A vacina está disponível apenas na rede privada e é capaz de reduzir a ocorrência da doença em até 50%.

Mesmo nos casos em que a enfermidade se manifesta, há uma significativa redução do número de lesões e risco de agravamento em pessoas vacinadas. No entanto, vale ressaltar que, havendo manifestações de sintomas, é importante procurar um médico imediatamente para começar o tratamento.

Por Jose Luiz Sykacz

Portal EdiCase
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