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Em despedida, diretora da OMS diz que entidade demorou para reagir ao ebola

22 mai 2017 - 12h07
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Genebra, 22 mai (EFE). - A diretora-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Chan, se despediu publicamente do cargo que ocupou durante a última década nesta segunda-feira assumindo que a entidade foi "muito lenta" na hora de reagir à epidemia de ebola na África.

"A OMS foi muito lenta para reconhecer que o vírus, durante sua primeira aparição na África ocidental, se comportaria de forma muito diferente do que durante os surtos anteriores na África central, onde era um vírus raro, mas familiar e onde as medidas de contenção funcionavam", afirmou Chan.

No discurso, ela se despediu dos 194 países que integram o organismo, que hoje iniciou a 70ª Assembleia Mundial.

A crise de ebola na África ocidental foi o pior fracasso da diretora chinesa durante todo seu mandato, quando a reação vagarosa da instituição fez com que o surto se transformasse em epidemia, matando mais de 11 mil pessoas e dizimando três frágeis países, Guiné, Libéria e Serra Leoa.

A explicação de Chan foi que o vírus, presente no continente durante décadas, nunca tinha sido tão violento.

Para várias entidades de saúde, começando pela renomada organização Médicos Sem Fronteiras (MSF), a OMS demorou muito para detectar, alertar e, principalmente, reagir a uma epidemia que afetava países extremadamente pobres e onde o vírus era desconhecido para a população.

Apesar das críticas, Chan disse hoje que a entidade que ela dirigirá até 30 de junho "fez correções rápidas, controlou os três surtos e deu ao mundo a primeira vacina contra o ebola".

"Isto aconteceu durante a minha gestão, por isso sou pessoalmente responsável", destacou, acrescentando que "a história julgará" se o programa de emergências estabelecido desde então será suficiente para reagir a novas crises.

Ela afirmou que a epidemia de ebola teve aspectos positivos, como o estabelecimento de um organismo estável e com fundos para poder desenvolver, produzir e distribuir em tempo recorde diagnósticos, medicamentos e vacinas.

"O mundo está mais bem preparado, mas do que o suficiente", concluiu.

EFE   
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