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É possível evitar a flacidez após os 40?

A flacidez é um resultado nada agradável do acúmulo dos anos, mas algumas estratégias ajudam a manter o corpo em dia e a ter força sempre

22 dez 2020 - 15h43
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Após os 40, o corpo muda e a perda de massa muscular se reflete na flacidez que surge em algumas partes do corpo, não tem jeito. Além dos prejuízos estéticos, essa diminuição de força muscular retira, aos poucos, a autonomia para realizar tarefas cotidianas. Não dá para manter os mesmos hábitos e continuar em forma com a mesma facilidade de antes. Mas não acredite em tudo o que dizem por aí sobre essa fase. 

"Essa é uma preocupação muito grande que chega até mim. Andaram circulando alguns vídeos pela internet afirmando que o treino aeróbico é contraindicado para a mulher acima dos 40, pois ele não manteria a massa muscular e 'cairia' tudo. Vou explicar, com base em estudos, para você, que é mulher e passou dessa idade, como manter uma boa composição corporal", diz Marcio Atalla. 

Sarcopenia e a flacidez após os 40

Após os 30 e, com maior intensidade após os 40, a composição corporal passa por mudanças significativas. Se antes os maus hábitos de vida, como alimentação desregrada e o sedentarismo, eram mais fáceis de contornar, após os "enta" fica cada vez mais difícil se manter em forma com pouco esforço. 

"Como resultado do envelhecimento, o corpo passa por um processo chamado sarcopenia, isto é, a perda de massa muscular de forma espontânea. A cada década de vida, após os 40, 50 anos, se não houver estímulo, ocorre a redução de 5 a 8% de toda a massa muscular do corpo", explica Atalla. 

O resultado disso é que o corpo vai, progressivamente, ficando mais flácido, mais "mole", e com a diminuição de músculos ocorre igualmente um decréscimo nas taxas de metabolismo basal (a quantidade de calorias gastas para a manutenção do organismo, mesmo em repouso).

"A força é outra afetada. E, claro, com menor força, a capacidade de realizar tarefas também é reduzida. Ou seja, você perde autonomia", diz o educador físico.  

Adeus ao "tchauzinho"

"Uma programação legal para uma mulher após os 40, que, possivelmente, na metade dessa década começa a entrar na menopausa e a ter alterações hormonais, envolve treinos de força resistidos", orienta. 

Lembrando que treino de força não é sinônimo de musculação, mas engloba todos exercícios no quais há resistência ao movimento, por exemplo:

• Pilates;

• Funcional;

• Crossfit;

• Treino com elástico ou com o peso do próprio corpo.

"Eles são fundamentais para preservar a massa muscular e recuperar a que será perdida no processo de envelhecimento. Isso atenua os efeitos da menopausa e o aparecimento de flacidez", afirma.

O ideal é que esses treinos ocorram, pelo menos, três vezes na semana - ou, na pior das hipóteses, pelo menos duas. "Se conseguir treinar cinco vezes na semana, melhor dos mundos", segundo Atalla. 

Aeróbicos sim!

Por mais importante que sejam os treinos de força para manter e repor a massa muscular e deixar os músculos firmes, os exercícios aeróbicos não podem ser deixados de lado. 

"Se essa atividade fizer parte da sua programação, isso trará enormes benefícios. Além de melhorar o sistema cardiovascular, esses exercícios ajudam a diminuir a quantidade de gordura corporal", fala. 

Treinos mais curtos, de até 30 minutos, e com maior intensidade são recomendados para as mulheres após os 40 anos. 

Não se esqueça da alimentação

Esses esforços devem vir acompanhados de cuidados com o que você ingere. Uma alimentação adequada, nesse caso, não inclui apenas proteínas para os músculos, mas também carboidratos, que são fonte de energia, fala o educador físico. 

Foto: Marcio Atalla
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