Dores musculares: gelo ou calor, o que é melhor para aliviar?
Sentir dor muscular é comum, mas nem sempre é fácil decidir qual tratamento caseiro adotar. O uso de gelo ou calor pode ajudar, mas cada recurso tem uma função diferente dependendo do tipo de dor e do momento em que ela aparece.
Segundo o médico ortopedista Daniel Oliveira, especialista em coluna vertebral, a escolha entre gelo e calor deve ser feita de forma estratégica.
“Quando a dor é aguda, causada por esforço recente, trauma ou inflamação inicial, o mais indicado é o gelo. Ele ajuda a reduzir o inchaço, controlar a inflamação e aliviar a dor local”, explica Oliveira.
Para dores crônicas, que surgem devido à tensão muscular, rigidez ou sobrecarga prolongada, o calor se mostra mais eficaz.
“Nas dores crônicas, ligadas a tensão muscular, rigidez ou sobrecarga prolongada, o calor é mais eficaz, porque promove o relaxamento dos músculos, melhora a circulação sanguínea e reduz o desconforto”, afirma o especialista.
A diferença entre os dois métodos está nos efeitos fisiológicos sobre os tecidos. O gelo, ou crioterapia, provoca vasoconstrição, contraindo os vasos sanguíneos e diminuindo o fluxo sanguíneo, o que ajuda a controlar a inflamação e limitar a evolução de lesões recentes.
“É por isso que indicamos o gelo principalmente para controlar edemas, aliviar dores agudas e limitar a progressão de lesões musculares recentes”, esclarece Oliveira.
Já o calor, conhecido como termoterapia, causa vasodilatação, aumentando o fluxo de sangue, favorecendo a oxigenação dos tecidos e promovendo o relaxamento muscular.
“Com o calor, conseguimos relaxar a musculatura, melhorar a flexibilidade e aliviar contraturas. Ele é muito útil em dores persistentes ou em casos de rigidez”, completa o ortopedista.
Portanto, gelo e calor não são complementares: o uso correto depende do tipo de dor e do momento em que ela surge.
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