Beterraba pode ajudar no ganho muscular? Nutricionista explica
A beterraba tem um papel importante no processo do ganho muscular. Rica em nitratos naturais, a raiz melhora o fluxo sanguíneo e a entrega de oxigênio aos músculos, o que favorece desempenho e recuperação nos treinos. A nutricionista Amanda Figueiredo, clínica pela USP e pós-graduada em Saúde da Mulher e Reprodução Humana pela PUC, explica mais sobre o processo.
“Na verdade, a relação entre consumir beterraba e construir músculos não é direta”, afirma. Segundo a especialista, o grande diferencial do alimento está em sua composição: “A beterraba é rica em nitratos naturais, substâncias que aumentam a produção de óxido nítrico no organismo. Esse composto promove a vasodilatação, melhorando o fluxo sanguíneo, a entrega de oxigênio e o transporte de nutrientes para os músculos durante o exercício.”
Esse efeito não substitui uma rotina de treinos e alimentação adequada, mas pode potencializá-los. “A beterraba só é capaz de favorecer o ganho de massa muscular quando associada a uma dieta adequada em proteínas e energia, além de um programa de exercícios estruturados”, ressalta Amanda.
Benefícios além da performance
O consumo regular do vegetal traz ainda outras vantagens para a saúde. Rica em fibras, a beterraba auxilia no bom funcionamento do intestino e no equilíbrio da microbiota. Ela também concentra vitamina C, zinco e minerais importantes para o fortalecimento do sistema imunológico.
“Os antioxidantes presentes ajudam a reduzir o estresse oxidativo e prevenir o envelhecimento precoce”, explica a nutricionista. Outro destaque é o efeito positivo dos nitratos naturais. “Eles aumentam a produção de óxido nítrico, favorecendo a vasodilatação, a regulação da pressão arterial e a melhoria do desempenho esportivo, já que otimizam a entrega de oxigênio aos músculos”, detalha.
Além disso, a beterraba contém ferro e folato, nutrientes essenciais para a saúde do sangue e para a prevenção da anemia.
Como consumir
Na rotina alimentar, a versatilidade da beterraba é um ponto a favor. “Ela pode ser consumida crua em saladas, cozida, como snack assado, e em sucos, misturada com outros vegetais”, sugere Amanda.
Uma orientação importante é variar os preparos para aproveitar ao máximo os nutrientes. “Sempre que possível, mantenha a casca durante o cozimento, porque é nela que está grande parte das fibras e antioxidantes”, recomenda.