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Mulher decide retirar seios para evitar tumores de mama

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Clarissa Mello

Após extirpar os ovários, uma britânica de 43 anos decidiu retirar os seios para prevenir o câncer. Sally Maguire, de Cambridgeshire, Inglaterra, tem extenso histórico da doença na família. Sua mãe morreu com câncer nos ovários, assim como a bisavó e a avó. A decisão, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca) não é recomendada: faltam estudos que comprovem a eficácia.

"Há outras estratégias se for comprovado que a mulher tem grande risco de tumor, como começar a fazer exames de detecção mais precocemente. Outra opção é usar medicamento antiestrogênio quando entrar na menopausa. Mas tudo sob recomendação médica", afirma o técnico da Divisão de Apoio à Rede Oncológica do Inca, Ronaldo Correa.

Ano passado, a cantora Rita Lee contou também ter retirado os seios. "Acompanhei a saga da minha mãe com câncer e não quero nunca passar por aquilo. Minha ginecologista aconselhou retirar", disse.

Segundo Ronaldo, para avaliar se a mulher corre grande risco, é feito extenso questionário sobre o histórico na família. Quando é detectado - o que acontece com menos de 1% da população feminina -, a estimativa é de que a paciente tenha 30% de chance de ter um tumor. "Existe também um teste genético preciso. Quando confirma o alto risco, a chance de a paciente desenvolver a doença é de 60 a 70%. O teste consiste em comparar a célula normal da paciente com células cancerosas de suas parentes", diz.

Exames somente a cada três anos

O Ministério da Saúde e o Inca anunciaram ontem que a idade para as mulheres se submeterem ao exame Papanicolau, que diagnóstica câncer de colo de útero, vai ser ampliada. Antes, era feito em mulheres entre 25 e 59 anos. Agora, a faixa etária será alongada até os 64 anos. A orientação vale para as redes pública e privada de saúde.

A recomendação também altera a periodicidade do exame, que atualmente é anual. Segundo a recomendação, a partir de agora, se o resultado (para todas as idades) der negativo durante dois anos seguidos, poderá passar a ser feito apenas a cada três anos.

Além disso, os exames deixarão de ser realizados depois que a paciente receber dois resultados negativos consecutivos após os 64 anos. A partir do resultado do Papanicolau, o médico consegue identificar lesões antes da formação do câncer de colo do útero e dar início ao tratamento.

A decisão, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), não é recomendada
A decisão, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), não é recomendada
Foto: Getty Images
Fonte: O Dia
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