Pesquisadores pediram a 113 estudantes norte-americanos para manterem um diário durante oito semanas sobre o consumo e hábito de fumar e os sintomas da ressaca. Aqueles que beberam muito - cerca de seis latas de cerveja por hora - e fumaram, apresentaram uma ressaca mais forte. As conclusões do estudo foram relatadas no Journal of Studies on Alcohol and Drugs e publicadas pela BBC.
Um dos autores do estudo, Dr. Damaris Rohsenow, do Centre for Alcohol and Addiction Studies at Brown University disse que essa conclusão aumenta a probabilidade de que existe um efeito direto do tabagismo no álcool.
Um porta-voz da instituição Action on Addiction chamou atenção para novas pesquisas dizendo que a interação entre o álcool e o tabagismo "é complexa". "Chegamos a conclusões com pesquisas baseadas em evidências em todas as áreas e que podem ser usadas para ajudar com o desenvolvimento de campanhas preventivas, principalmente para os jovens que, muitas vezes, experimentam o álcool, drogas e cigarros na sua adolescência", disse. "Esperamos que essa possibilidade de agravamento de ressaca por conta do tabagismo ajude-os a diminuir fumar e beber", acrescentou.
Medidas preventivas
Os alunos da universidade dos EUA informaram sobre o número de drinques consumidos, número de cigarros fumados e sintomas de ressaca, que incluiu o cansaço, dor de cabeça, náuseas e dificuldade em se concentrar.
Com isso, os pesquisadores estimaram a concentração de álcool no sangue nos diferentes sexos, levando em conta o peso da pessoa e o período em que o estudante consumiu álcool.
Depois de analisar os resultados, eles descobriram que fumar mais no dia anterior do consumo de álcool também aumentou a presença e a gravidade da ressaca no dia seguinte.
Amanda Sandford, gerente de pesquisa da Action on Smoking and Health disse que já que o álcool e o tabaco interagem com receptores do cérebro não é tão surpreendente que fumar aumente o risco de uma ressaca em pessoas que consomem ambas as substâncias.
Andrew McNeill, do Alcohol Studies afirmou que não há solução para evitar a ressaca, mas sugere: "não beba demais, não fique desidratado e evite as bebidas mais escuras, com maior potencial de ressaca."
Perigo: quando você está estressado, o corpo tem uma resposta para protegê-lo. Se você está em perigo, o hipotálamo do cérebro envia gatilhos químicos para os nervos e as glândulas suprarrenais, que ficam em cima de cada rim. Essas glândulas liberam hormônios como o cortisol, que aumentam a pressão arterial e o açúcar no sangue. O processo, claro, pode prejudicar a saúde se acontecer com frequência
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Compulsão: estudos têm relacionado o cortisol, hormônio liberado em períodos de estresse, à vontade de comer açúcar e gordura. Os cientistas acreditam que a substância se liga aos receptores que controlam a ingestão de alimentos no cérebro. Portanto, se você costuma descontar o estresse na comida, deixe lanches saudáveis e frutas sempre por perto
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Armazenamento de gordura: você pode claramente relacionar o estresse ao ganho de peso, afirma Philip Hagen, professor de medicina na Mayo Clinic, em Minnesota, Estados Unidos. Isso porque, além da má alimentação durante os períodos de estresse, o cortisol também aumenta a quantidade de tecido adiposo, ou seja, aumenta as células de gordura. Níveis mais altos de cortisol foram relacionados ao excesso de gordura abdominal
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Coração: a relação entre o estresse e problemas no coração ainda é incerta, mas um estudo recente na Europa descobriu que pessoas que têm trabalhos estressantes são 23% mais propensas a ter um primeiro ataque cardíaco que as demais
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Insônia: estresse pode causar hiperatividade, que prejudica o sono. Um período longo de estresse também pode causar insônia e contribuir para distúrbios do sono. Nesses casos, o indicado é fazer ioga ou optar por atividades relaxantes
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Dores de cabeça: a adrenalina e o cortisol podem causar alterações vasculares que deixam você com dor de cabeça e enxaqueca. O estresse também deixa os músculos tensos, o que pode piorar ainda mais essas dores
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Memória: excesso de cortisol no organismo pode prejudicar a capacidade do cérebro de guardar memórias. Durante o estresse agudo, o hormônio também interfere em neurotransmissores, substâncias que as células cerebrais usam para se comunicar