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Como os quilos a mais podem afetar sua saúde; entenda

"Algumas pessoas ganham muito peso em pouco tempo, mas a maioria vai acumulando a gordura ao longo dos anos", diz especialista

10 ago 2021 - 18h04
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Como os quilos a mais podem afetar sua saúde; entenda
Como os quilos a mais podem afetar sua saúde; entenda
Foto: Shutterstock / Saúde em Dia

A obesidade é uma doença crônica, ou seja, ela vai se instalando aos poucos. Um jovem muito acima do peso pode não ter ainda descontrole de taxas como glicose, colesterol ou triglicerídeos, mas as chances de ter problemas com a idade mais avançada são maiores do que as de pessoas com peso controlado. Pode ser que ele nunca adoeça, mas diante do risco o ideal é buscar meios de perder o peso acumulado em excesso.

Existem ao menos 15 tipos de doenças ligadas à obesidade, que podem afetar diversas partes do corpo: artérias, veias, fígado, pâncreas, coração, aparelho respiratório, rins, pele, vesícula, ossos, ovários, próstata, articulações, cérebro, intestino, esôfago, entre outras.

Segundo o Dr. Cit Pitombo, médico especializado em tratamentos de obesidade e cirurgia bariátrica, "algumas pessoas ganham muito peso em pouco tempo, mas a maioria vai acumulando a gordura aos poucos ao longo dos anos.

A prevenção à obesidade é feita com uma alimentação saudável e prática constante de exercícios, portanto, precisa começar desde a infância, pois se uma pessoa ganha um quilo a mais do que deveria por ano, em 50 anos de vida, ela terá 50 quilos a mais.

Nem todas as pessoas ganham mais peso, ou seja, acumulam mais gordura no corpo, porque comem muito mais alimentos calóricos e ricos em gorduras e carboidratos. Há pessoas que comendo o mesmo que outras, engordam mais.

Essa diferença se dá pela genética. Ou seja, há genes que atuam de forma diferente em cada organismo. Por isso, desde criança, é preciso ficar de olho na tendência familiar e no ganho de peso da pessoa. Se ela acumular mais, terá que se alimentar ainda melhor, diminuindo seus alimentos calóricos e aumentando os exercícios", explica o especialista.

O médico diz  que quanto mais peso acumulado menor a chance de perdê-lo. E chega um ponto em que até mesmo uma cirurgia bariátrica fica difícil de ser realizada, se a pessoa está com um peso muito alto.

Diversos indivíduos pessoas com obesidade em grau 3, em que possuem o Índice de Massa Corpórea (IMC), acima de 50, precisam fazer dietas para perder de 10% a 20% do peso corporal para conseguir operar. Portanto, uma reeducação alimentar e a mudança nos hábitos de vida, incluindo ao menos uma caminhada, devem ser feitas por todas as pessoas.

Além disso, a partir daí começam a surgir transtornos emocionais, como a ansiedade e muitas vezes afeta o apetite de diferentes formas. Alguns perdem o apetite e outras ficam com mais fome. Por isso, cuidar da mente é fundamental para prevenir a obesidade. A parte boa é que exercícios físicos ajudam tanto no gasto calórico, quanto na melhor oxigenação do cérebro, ajudando a reduzir os distúrbios emocionais.

 A obesidade é diagnosticada por meio do cálculo do Índice de Massa Corpórea (IMC). Ele é feito da seguinte forma: divide-se o peso (em Kg) do paciente pela sua altura (em metros) elevada ao quadrado.

De acordo com este padrão utilizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), quando o resultado fica entre 18,5 e 24,9 kg/m2, o peso é considerado normal. Entre 25,0 e 29,9 kg/m2, sobrepeso, e acima deste valor, a pessoa é considerada obesa. Conforme o IMC, classifica-se o grau de obesidade em: obesidade leve (classe 1 - IMC 30 a 34,9 kg/m2), moderada (classe 2 - IMC 35 a 39,9 kg/m2) e grave ou mórbida (classe 3 - IMC ≥ 40 kg/m2).

Essa classificação é importante na escolha do tipo de tratamento, quando deve ser clínico ou cirúrgico. A obesidade pode prejudicar a vida sexual e a capacidade reprodutiva de homens e mulheres. No homem, devido à redução da testosterona, pode reduzir a libido e levar a dificuldade de ereção. Já nas mulheres, ocorre a redução dos níveis de hormônio feminino e aumento no nível dos hormônios masculinos.

As mulheres podem apresentar aumento de pelos, irregularidade menstrual e infertilidade. A síndrome do ovário policístico também é relacionada ao aumento de peso. Mas as chances de todos esses problemas se resolverem, com uma perda de peso na ordem de 10%, são bem grandes. Vale ressaltar que tratar a obesidade não significa buscar um corpo mais bonito. Busca-se acima de tudo, um corpo saudável nos mais variados aspectos físicos e mentais.

Fonte: Dr. Cid Pitombo, médico especializado em tratamentos de obesidade e cirurgia bariátrica.  

Saúde em Dia
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